11 de setembro de 2024 – 08:46
João Pedro Guedes – Ascom Casa Civil – Texto
Estácio Jr. – Casa Civil – Fotos
O projeto, pioneiro no Brasil, teve um investimento R$ 2,6 milhões
Um total de 280 internos da Unidade Prisional de Estudo, Capacitação e Trabalho (UPECT), no município de Itaitinga, poderá cursar o Ensino Médio e, ao mesmo tempo, conquistar um diploma de nível técnico na Escola Estadual de Educação Profissional para Pessoas Privadas de Liberdade (EEEPPL), entregue nesta terça-feira (10), pelo Governo do Ceará. As aulas acontecerão nos turnos manhã, tarde e noite.
O projeto, pioneiro no Brasil e realizado por meio da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) e da Secretaria da Educação (Seduc), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-CE), teve um investimento R$ 2,6 milhões.
Mauro Albuquerque, titular da SAP, enfatizou a participação dos internos na construção da própria escola. “Temos aqui uma escola que foi construída ensinando, com a participação direta de internos capacitados também no sistema prisional. A chegada desse equipamento é mais um avanço para o Ceará”.
Eliana Estrela, secretária da Educação, destacou o impacto do equipamento dentro do processo de ressocialização do interno. “Estamos inaugurando uma escola que vai trazer mais oportunidades para os internos, sendo profissionalizante, para que ele possa ter uma ressocialização cada vez melhor. Também gostaria de agradecer às professoras e aos professores e toda a equipe que está aqui todos os dias e se dedicam para que tudo seja possível”.
A escola ocupa uma área de 800 m² e conta com três salas de aula, um laboratório de Química, um laboratório de Matemática e Física, um laboratório de Informática, refeitório, setor administrativo e uma sala multiuso.
A construção da EEEPPL começou em outubro de 2022. Ao longo de dois anos, contou com a participação de 2.360 internos, organizados em 131 turmas, totalizando 20.880 horas de formação. Os participantes atuaram em diversas áreas, como pedreiro de alvenaria, eletricista, gesseiro, pintor de obras imobiliárias, bombeiro hidráulico, todos contribuindo diretamente para a realização da obra.
Diretor regional do Senai e Superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi), Paulo André Holanda ressaltou a participação dos internos como uma forma importante de reintegração social. “A educação profissionalizante é uma das saídas para os diversos problemas que enfrentamos na sociedade. Tenho certeza que essa escola será exemplo para todo o Brasil”, comentou.