Governo Lula quer fazer plano de 25 anos para o Brasil

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva vai elaborar um plano de 25 anos para o Brasil. A Estratégia Brasil 2050 será coordenada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, liderado pela ministra Simone Tebet. A conclusão do plano é prevista para julho de 2025.

Plano de 25 anos será coordenado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, liderado pela ministra Simone Tebet, foto mostra ministra falando em microfone com casamento azul e blusa pretaPlano de 25 anos será coordenado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, liderado pela ministra Simone Tebet- Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado

Ao portal R7, a ministra afirmou que o objetivo é preparar o futuro do Brasil com “participação ampla dos setores público e privado, da sociedade civil e da academia, nas três esferas federativas”.

O prazo para a entrega do plano de 25 anos é julho de 2025, quando será apresentado para validação do presidente. Depois da validação da proposta, Lula quer apresentar a Estratégia Brasil 2050 durante a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que será realizada em novembro de 2025, em Belém.

A responsabilidade do Ministério do Planejamento e Orçamento será de orientar os órgãos da administração federal e articular a participação de especialistas e representantes de entidades públicas ou privadas, de acordo com as temáticas tratadas e respectivas atribuições dos participantes.

“O objetivo é trazer soluções já para o presente, a partir de 2026, com o olhar do impacto dessas decisões no futuro. O planejamento de longo prazo nos auxiliará a formular políticas públicas e planos governamentais mais coerentes e integrados, que de fato sejam capazes de responder aos desafios econômicos, sociais e ambientais atuais e futuros do Brasil”, destacou Tebet.

O que o plano de 25 anos para o Brasil quer abordar

Na prática, a Estratégia Brasil 2050 vai conter informações como orientações estratégicas, com indicadores e metas, para reduzir desigualdades sociais e regionais, enfrentar as mudanças climáticas, preparar o país para a transição demográfica, garantir um crescimento sustentável e inclusivo, e promover um aumento dos investimentos de todos os segmentos e portes de negócios.

De acordo com o governo, o processo de elaboração vai envolver as seguintes atividades: análise situacional e retrospectiva, definição e fundamentação de megatendências e incertezas críticas, elaboração e análise de estudos temáticos e prospectivos, análise de estratégias ou planos nacionais, regionais e setoriais, elaboração do cenário desejado até 2050, identificação de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, além da formulação dos atributos da estratégia.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) assinou, com o ministério de Tebet, um acordo de cooperação técnica, com o objetivo de contribuir para a elaboração do plano de 25 anos.

Segundo o presidente do banco, Aloizio Mercadante, o planejamento de longo prazo deve incluir estudos que promovam o aumento do PIB per capita.

“De acordo com o crescimento da população brasileira projetado pelo IBGE, para dobrar o PIB per capita nacional, a economia precisa crescer pelo menos 2,7% ao ano até 2050. Precisaremos desse crescimento num cenário em que teremos um envelhecimento da população brasileira e precisaremos zerar as nossas emissões líquidas de carbono”, disse.

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