Governo não deu conta do RS, não dará conta de incêndios, diz Caiado

Governador de Goiás disse que a União demorou, não estava preparada e chegou atrasada para tentar resolver o problema

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse nesta 5ª feira (19.set.2024) que a União não sabe governar o país depois de participar de reunião no Palácio do Planalto sobre os incêndios pelo país. Declarou que o governo federal procrastinou, não estava preparado para cuidar da situação e está chegando atrasado no problema.

“O governo federal não estava preparado para o que aconteceu. De repente foi procrastinando e agora vai chegando o final. Quer dizer, meio de outubro, acredito eu que novembro já estará chovendo. Algumas chuvas já caíram”, afirmou.

Ele reclamou dos recursos liberados pelo governo federal a Goiás. Afirmou que foram oferecidos R$ 13 milhões. Caiado sugeriu discutir o federalismo e criticou o Executivo.

“Brasília não sabe governar o país. É uma ineficiência completa. Dê estrutura para os governadores poderem montar essas estruturas avançadas de Corpo de Bombeiros… Agora, achar que de Brasília vai poder decidir o que é que vai fazer em cada Estado, meu amigo, isso aí, nós estamos cansados. Não deu conta de resolver Rio Grande do Sul, não vai dar conta de resolver o problema das queimadas. Essa é a verdade”, afirmou.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), disse que a reunião convocada pelo Palácio do Planalto para discutir como enfrentar melhor os incêndios registrados no Brasil não deve ter efeitos práticos em 2024.

Segundo ele, será ineficaz porque, até as medidas serem adotadas, as chuvas já terão voltado a cair nos focos de incêndios. Deu a declaração ao sair do encontro com outros 8 governadores e ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou que se os Estados precisavam de recursos deveriam ter pedido antes e que esta não foi a 1ª reunião sobre o tema organizada pelo Executivo.

Parte das reclamações pode ser explicada pela diferença climática nas regiões do país. A seca está se aproximando do fim no Centro-Oeste –que reclamou.

Leia abaixo quem estava no encontro:

  • Rui Costa, ministro da Casa Civil; 
  • Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais; 
  • Simone Tebet, ministra do Planejamento;
  • Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça; 
  • Marina Silva, ministra do Meio Ambiente;
  • Waldez Góes, ministro do Desenvolvimento Regional;
  • Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás; 
  • Helder Barbalho (MDB), governador do Pará;
  • Wilson Lima (União Brasil), governador do Amazonas; 
  • Mauro Mendes (União Brasil), governador do Mato Grosso; 
  • Eduardo Riedel (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul;
  • Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal;
  • Wanderlei Barbosa (Republicanos), governador do Tocantins; 
  • Gladson Cameli (PP), governador do Acre; 
  • Antonio Denarium (PP), governador de Roraima;
  • Sérgio Gonçalves (União Brasil), vice-governador de Rondônia;
  • Antônio Pinheiro Teles Jr. (PDT), vice-governador do Amapá;
  • Axel Grael (PDT), prefeito de Niterói (RJ);
  • Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF;
  • Antônio Oliveira, diretor-geral da PRF;
  • Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama;
  • Mauro Pires, presidente do ICMBio.



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