A alta de 1,4% do PIB brasileiro, surpreendendo positivamente o mercado e o meio político, veio em boa hora para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas últimas semanas, o presidente já vinha fazendo previsões otimistas sobre a economia nas conversas com seus conselheiros mais próximos.
Lula, de acordo com os relatos, tem falado com frequência na expectativa por uma retomada consolidada na economia até o fim do ano. Para ele, há boas chances de o governo ingressar na segunda metade do mandato em um ambiente positivo.
Em uma dessas conversas, o presidente discorreu com um amigo a respeito da indicação antecipada de Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central. E disse acreditar que, até o ano que vem, estarão dadas condições para uma redução progressiva da taxa básica de juros, a Selic.
Os dados do PIB do segundo trimestre trouxeram um elemento que converge com a visão Lula: a alta foi puxada pelos setores como indústria e construção, com uma perspectiva animadora para investimentos. Ainda assim, até alguns aliados mais próximos do presidente enxergam o cenário com ceticismo. Para esse grupo, ainda há muita incerteza a respeito da agenda fiscal e da capacidade do governo de alavancar investimentos.