
ChatGPT virou um aliado na hora de montar roteiros. Foto: Matheus Bertelli/Pexels
ChatGPT, Gemini, Copilot e outros modelos de inteligência artificial já fazem parte do planejamento de viagens. Hoje, muitos viajantes usam essas ferramentas para organizar férias. Basta descrever o perfil da viagem para receber sugestões rápidas.
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As aplicações vão além de roteiros básicos. As IAs ajudam a comparar passagens aéreas, indicar hospedagens e montar cronogramas diários. Assim, o tempo entre a ideia e a reserva diminui consideravelmente.
Além disso, o monitoramento automático de preços se tornou comum. Plataformas usam algoritmos para indicar o melhor momento de compra. Dessa forma, o consumidor passa a confiar mais nas sugestões automatizadas.
No entanto, o uso dessas tecnologias também levanta questionamentos. Até que ponto é seguro delegar decisões importantes a um sistema automatizado?
Acertos e erros do “guia turístico” virtual
A consultora em inteligência artificial Mariah Sathler explica que as IAs generativas, como ChatGPT, Gemini e Copilot, são treinadas com base em grandes volumes de dados do passado — e, por isso, podem trazer informações desatualizadas dependendo do tipo de pergunta.
“Isso vale tanto para a criação de roteiros quanto para detalhes de deslocamento. Se você precisa de informações atuais, como eventos que estão acontecendo naquela semana, o ideal é ativar a opção de busca na web”, orienta.
Para consultar trajetos, horários de metrô e distâncias reais, a recomendação é recorrer a aplicativos específicos, como o Google Maps. “Nesses casos, o Gemini tende a ser mais confiável do que o ChatGPT porque já está integrado aos produtos do Google, inclusive ao Maps”, acrescenta.
“É como conversar com alguém que já leu muitos guias de viagem, blogs e reviews. Mas essa pessoa não conhece o mundo físico de verdade. Por isso, tudo que envolve horário, endereço, segurança e transporte precisa ser confirmado em fontes oficiais ou atualizadas”, reforça.
5 dicas de como usar IA
Para quem quer aproveitar o melhor da inteligência artificial sem transformar a próxima viagem em dor de cabeça, a orientação dos especialistas é clara: usar a tecnologia como apoio, nunca como fonte única.
- Trate o roteiro da IA como rascunho, não como verdade;
- Use a IA para montar checklists para organização da mala, clima típico do período, opções de transporte do aeroporto ao hotel;
- Cruze sempre com pelo menos uma outra fonte humana, consultando blogs e criadores de conteúdos especializados;
- Desconfie de respostas “perfeitas demais” e roteiros muito redondinhos, que encaixam tudo em poucas horas ou prometem “ver o essencial da cidade em um só dia”;
- Cuidado com links e ofertas suspeitas, seja valores de ingresso, regras, condições de uso e outras.
