A estreia da atriz virtual Tilly Norwood, criada por Inteligência Artificial, reacendeu o debate sobre os limites do uso da tecnologia na indústria cinematográfica.
A personagem foi desenvolvida pela empresa Xicoia, que se apresenta como o primeiro estúdio de talentos com IA do mundo. Desde seu lançamento, o projeto tem gerado críticas de artistas e entidades do setor.
A atriz virtual foi apresentada oficialmente pela produtora e comediante holandesa Eline Van der Velden durante o Zurich Summit, evento paralelo ao Festival de Cinema de Zurique.
Ela afirmou que agências de talentos demonstraram interesse na personagem, embora nenhuma contratação tenha sido oficializada até o momento.
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De acordo com reportagem do The Verge, o principal papel da personagem até agora foi no vídeo “AI Commissioner”, da produtora Particle6, que faz uma paródia sobre o processo de produção televisiva.
A Xicoia pretende usar Tilly Norwood em interações virtuais com o público, mas não há confirmação de que ela atuará em produções cinematográficas no futuro.
O estúdio informou que Tilly é um avatar animado, com fala e movimentos criados por modelos de IA treinados em imagens reais. Ainda assim, o projeto tem ganhado grande visibilidade nas redes sociais e provocado reflexões sobre os limites da automação criativa.
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Sindicato dos Atores condena o uso de personagens digitais
Para o sindicato norte-americano Screen Actors Guild (SAG-AFTRA), a criatividade deve continuar centrada no ser humano. A entidade destacou que Tilly Norwood não é uma atriz real, mas uma criação digital construída com base no trabalho de profissionais que não receberam autorização ou remuneração.
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Mesmo com restrições técnicas, o caso evidencia a expansão do uso da Inteligência Artificial no entretenimento. A popularidade da atriz digital também inspirou o produtor italiano Andrea Iervolino a desenvolver um diretor virtual baseado em IA, voltado para homenagear o cinema europeu.