Ibovespa sobe 2,5% na semana; dólar cai a R$ 5,46

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Redação Rádio Pampa

| 17 de agosto de 2024

O Ibovespa fechou a semana com variação negativa, quebrando a série de oito pregões consecutivos de alta e abaixo do patamar recorde intradiário atingido no dia, com agentes financeiros recalibrando suas posições antes do final de semana.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,15%, a 133.953,25 pontos, de acordo com dados preliminares, abaixo da máxima histórica de fechamento de 134.193,72 pontos alcançada em 27 de dezembro. Na semana, o indicador acumulou acréscimo de 2,65%.

No melhor momento da sessão, o Ibovespa marcou 134.781,44 pontos, superando a máxima histórica anterior intradia de 134.574,50, estabelecida na véspera. No pior momento, chegou a 133.851,67 pontos. Veja cotações.

O volume financeiro somava R$ 28,6 bilhões antes dos ajustes finais, em sessão ainda marcada por vencimento de opções sobre ações na B3.

Dólar

Já o dólar registrou a segunda queda semanal consecutiva no Brasil, encerrando a semana em baixa ante o real, numa sessão marcada pelo recuo firme da moeda norte-americana também no exterior e pelo aumento das apostas de que o Banco Central poderá elevar juros já em setembro.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,31%, cotado a R$ 5,4673. Na semana, a divisa dos EUA acumulou queda de 0,87%, após ter cedido 3,43% na semana anterior.

Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,17%, a 5,4805 reais na venda.

Fim dos balanços

Em Nova York, uma série de dados econômicos encorajadores dissiparam preocupações em relação a uma desaceleração econômica na maior economia do mundo, levando os principais índices de Wall Street a cravarem seu melhor desempenho semanal do ano.

Aliada a isso está a crescente confiança de que o Federal Reserve fará um primeiro corte de juros já no próximo mês. O S&P 500, referência do mercado acionário norte-americano, avançou 0,2%.

Na cena doméstica, dados acima do esperado do IBC-Br, calculado pelo Banco Central e considerado um sinalizador do PIB, apoiaram o otimismo no começo da sessão. O indicador subiu 1,4% em junho ante maio, contra expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,50% no mês.

A sessão também marcou o fim da temporada de balanços corporativos no Brasil, que trouxe um impulso adicional para os ativos na bolsa. Mas o índice não conseguiu estender sua série de altas, perdendo fôlego no início da tarde, com analistas apontando para alguma realização de lucros.

“A alta de hoje já era mais contida”, afirmou o chefe de análise Enrico Cozzolino, da Levante Investimentos. “É mais uma realização de lucros, aquele evento de fim de temporada de resultados.. hoje, especialmente, também tem o vencimento de opções (sobre ações)”, acrescentou.

Perspectivas

Analistas do Itaú BBA destacaram que, para os próximos dias, será importante acompanhar o índice, pois se ele superar a marca histórica atingida nessa sexta-feira, “o mercado abrirá espaço para seguir em direção aos 137.000, 141.000 e 150.000 pontos”, conforme análise técnica Diário do Grafista.

O indicador também permanece em um patamar historicamente elevado. Apenas 4,5% dos fechamentos do Ibovespa ocorreram em um patamar igual ou superior a 130 mil pontos, segundo levantamento da Quantum Finance.

O analista Bruno Benassi, da corretora Monte Bravo, disse que os “drivers” positivos incluem um maior apetite por risco no mercado externo e uma mudança de postura do governo brasileiro em relação ao compromisso com as contas públicas.

“Os receios fiscais estão lá ainda, não sumiram, mas a comunicação agora parece um pouco melhor”, afirmou.

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