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Impactos da inteligência artificial em nossas vidas: você está animado ou assustado?

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Em tempos de I.A, como preservar a ética, como preservar ética, a humanidade e equilíbrio num mundo onde a tecnologia muda jeito de ver, viver e sentir a vida

O Brasil é um dos países em que as pessoas mais demonstram preocupação do que entusiasmo em relação à inteligência artificial. Quase a metade (48%) da população expressou sentimentos negativos em relação à tecnologia, um índice semelhante ao de países como Austrália e Estados Unidos, mas acima da média global (34%).

O resultado da pesquisa do Pew Research Center pode ser atribuído ao fato de que os brasileiros estão entre os que menos confiam em seu próprio governo para regular o uso da IA – 45% expressaram essa desconfiança. Em contraste, na Alemanha e na Holanda, mais de 68% acreditam que seus países terão leis eficientes sobre o tema.

O ano de 2025 marcou um período significativo na legislação brasileira relacionada ao mundo digital, especialmente na proteção de crianças e adolescentes. Em janeiro, completa um ano desde a entrada em vigor da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas em todas as etapas de ensino, uma medida que poucas nações conseguiram implementar.

Em agosto, após denúncias do youtuber Felca, foi aprovado em tempo recorde o que ficou conhecido como ECA Digital, que estabelece regras para plataformas, incluindo a remoção de conteúdo impróprio e mecanismos para prevenir vício de crianças. A lei exige que qualquer conta de redes sociais de menores de 16 anos esteja vinculada à de um adulto responsável. Ela entra em vigor em março de 2026.

Brasil discute lei para mitigar riscos da inteligência artificial, mas ainda sem data para votação no Congresso. Foto: Adobe Stock

No entanto, ainda está em discussão na Câmara dos Deputados, sem data para ser votado, um projeto sobre inteligência artificial. Embora não mencione diretamente a manipulação de imagens ou deepfakes, a proposta proíbe o uso de IA para induzir comportamentos perigosos, explorar vulnerabilidades ou gerar discriminação. A lei se assemelha à que a União Europeia aprovou este ano.

A pesquisa também mostrou que apenas 10% dos brasileiros se disseram mais animados do que preocupados com a IA; e 37% estão tão apreensivos quanto entusiasmados.

Os mais preocupados são os brasileiros mais velhos, acima de 35 anos (52%) e acima 50 anos (60% deles). Fora as habilidades técnicas, possivelmente isso reflete também a angústia de pais e mães diante de notícias sobre casos trágicos, como a acusação contra o ChatGPT por não prevenir suicídios de adolescentes nos Estados Unidos e incertezas sobre os impactos na aprendizagem.

Um dos estudos mais comentados deste ano, realizado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), analisou como ferramentas como o ChatGPT influenciam a escrita e a retenção de informações. Universitários foram divididos em três grupos para redigir textos: um deles utilizou o ChatGPT, outro pesquisou no Google e o último não usou tecnologia. Os resultados mostraram menor atividade cerebral entre os que usaram o ChatGPT, e, apenas um minuto após terminar, a maioria não lembrava nem uma frase do que havia escrito.

Aqueles que usaram apenas o cérebro exibiram maior conectividade neural em áreas relacionadas à criatividade, memória e processamento semântico. Os que pesquisaram no Google também apresentaram bons resultados e conseguiram reter informações sobre o que escreveram posteriormente.

As evidências dessa e de outras pesquisas recentes indicam que o ideal é que os estudantes desenvolvam seus próprios trabalhos e recorrem à inteligência artificial para uma eventual revisão, assim como se aprende a resolver problemas antes de usar a calculadora.

O reconhecimento recente dos impactos negativos das redes sociais no desenvolvimento de crianças e adolescentes mostra a necessidade de examinar os efeitos da inteligência artificial generativa. É crucial que, sem demonizar as novas tecnologias, haja uma atenção voltada para os efeitos da IA, buscando um equilíbrio que garanta o aprendizado e o bem-estar das gerações futuras.

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