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Inflação americana é a maior desde janeiro, mas Bitcoin sobe

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A inflação americana fechou o mês em alta de 0,3% em junho, segundo dados publicados pelo governo nesta terça-feira (15). Esse é o maior aumento de preços de bens e produtos desde maio, pressionando o Fed a manter as taxas de juros nos níveis atuais.

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Embora isso pudesse causar uma queda no Bitcoin, a criptomoeda opera em alta desde a publicação desses dados. Um dos motivos é que essa porcentagem já era prevista pelo mercado.

Nas redes sociais, o presidente americano Donald Trump voltou a afirmar que o Fed deveria voltar a cortar os juros.

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Inflação chega a 0,3% em junho nos EUA

Enquanto alimentos ficaram 0,3% mais caros em junho nos EUA, os dados da BLS mostram que combustíveis e eletricidade tiveram uma alta de 1% no mesmo mês, puxando a inflação geral para cima. Da lista, apenas veículos novos e usados aparecem com queda nos preços.

Essa é a maior inflação registrada nos EUA desde janeiro deste ano, quando fechou em 0,5%. No acumulado de 12 meses, o Índice de Preços ao Consumir chega a 2,7%, se distanciando da meta de 2% do Fed.

Inflação de junho é a maior desde janeiro nos EUA. Fonte: BLS/Reprodução.Inflação de junho é a maior desde janeiro nos EUA. Fonte: BLS/Reprodução.
Inflação de junho é a maior desde janeiro nos EUA. Fonte: BLS/Reprodução.

Os dados mexem nas probabilidades do Fed mexer nos juros. Segundo dados da Ferramenta CME FedWatch, o mercado agora espera apenas dois cortes em 2025.

No início do mês, eram esperados três cortes, incluindo 25,3% de chances de que eles começassem ainda em julho. Agora essa probabilidade caiu para somente 2,6%.

Probabilidades sobre taxa de juros nos EUA. Fonte: Ferramenta CME FedWatch.Probabilidades sobre taxa de juros nos EUA. Fonte: Ferramenta CME FedWatch.
Probabilidades sobre taxa de juros nos EUA. Fonte: Ferramenta CME FedWatch.

Cortes nas taxas de juros significam uma economia mais solta, com menos rendimento na renda fixa. Portanto, investidores migrariam para ativos de maior risco, como o Bitcoin, o que impulsionaria preços.

Ainda assim, o Bitcoin opera em alta em relação à hora em que esses dados foram publicados. Um dos motivos que explica isso é que o mercado já esperava por uma inflação entre 0,3% a 0,4% em junho.

Donald Trump pressiona Fed para cortar juros

Nas redes sociais, o presidente americano Donald Trump voltou a pressionar Jerome Powell, presidente do Fed, para iniciar cortes nos juros. Isso porque ele acredita que a economia está controlada.

“Preços ao consumidor baixos. Reduzam a taxa do Fed, agora!!!”, disse Trump em uma publicação.

“O Fed deveria cortar as taxas em 3 pontos. Inflação muito baixa. Um trilhão de dólares por ano seria economizado!!!”, comentou em outra.

Trump volta a falar que Fed deve cortar juros. Fonte: Truth Social.Trump volta a falar que Fed deve cortar juros. Fonte: Truth Social.
Trump volta a falar que Fed deve cortar juros. Fonte: Truth Social.

Em junho, o presidente americano comparou os EUA à Europa, apontando que o Banco Central Europeu realizou 10 cortes enquanto o Fed não fez nenhum. Desde então, Trump também pressiona Powell para que ele abandone seu cargo.

Assim como no Brasil, o Banco Central dos EUA é uma entidade independente, com autonomia para definir suas políticas monetárias sem seguir comandos diretos do Executivo.

“Isso não é normal”, diz The Kobeissi Letter sobre alta do Bitcoin

Já a The Kobeissi Letter publicou um longo texto no X, antigo Twitter, nesta segunda-feira (14) apontando que a alta do Bitcoin “não é algo normal”.

“Chegamos a um ponto em que o Bitcoin está subindo em uma linha praticamente RETA. As taxas estão subindo, o dólar caiu 11% em 6 meses, e o mercado cripto subiu mais de 1 TRILHÃO de dólares em 3 meses”, inicia o texto.

“Se a alta do ouro não te alertou, o Bitcoin deveria. Será que algo fica mais óbvio do que isso?”

Eventos que influenciaram alta do Bitcoin. Fonte: The Kobeissi Letter.Eventos que influenciaram alta do Bitcoin. Fonte: The Kobeissi Letter.
Eventos que influenciaram alta do Bitcoin, incluindo tarifas dos EUA, acordos comerciais, guerras e projetos de leis. Fonte: The Kobeissi Letter.

Um dos dados destacados é que os EUA tiveram um déficit de US$ 316 bilhões só em maio de 2025.

“Os rendimentos sobem, o Bitcoin sobe, o dólar cai, e o ouro sobe. Essa simplesmente não é uma situação “normal””, escreveram os analistas, comentando que compraram Bitcoin nas quedas para os 80.000, 90.000, 100.000 dólares.

“O S&P 500 em termos de Bitcoin está 15% abaixo no acumulado do ano. Desde 2012, o S&P 500 em termos de Bitcoin caiu 99,98%. O Bitcoin não só está ganhando valor, como o dólar americano está perdendo.”

Outro ponto mencionado são os ETFs de Bitcoin, em especial o IBIT da BlackRock, que atingiu um recorde de US$ 76 bilhões em ativos sob gestão em 350 dias. Como comparação, o maior ETF de ouro levou 15 anos para atingir essa marca.

Em outras palavras, os analistas notam que o “capital institucional está correndo atrás dessa alta do Bitcoin”.

“A parte irônica é que eliminar o déficit dos EUA resolveria a maioria dos nossos problemas. Isso reduziria as taxas, a inflação e fortaleceria o dólar”, continua o texto.

“Mas o Bitcoin sabe que isso claramente não vai acontecer, com a alta acelerando depois que o projeto de gastos [Big Beautiful Bill] foi aprovado.”



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