Inteligência artificial eleva o consumo de água

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Artigo de Vivaldo José Breternitz

O crescimento explosivo da inteligência artificial está exigindo a instalação de grandes data centers e, consequentemente, aumentando o consumo de água, que é usada para resfriar os equipamentos de computação instalados nos data centers.

Esses equipamentos, cada vez mais potentes, geram mais calor e levam a situações como a observada nos Estados Unidos, onde essas instalações consumiram cerca de 300 bilhões de litros de água em 2023, o que é equivalente ao consumo de Londres em quatro meses.

O estado americano da Virgínia, EUA, onde há a maior concentração de data centers do mundo, o uso de água aumentou em quase dois terços entre 2019 e 2023, e essa é uma tendência que se repete em todos os lugares e que evidentemente é insustentável.

A Microsoft, um grande operador de data centers, diz que 42% da água que consumiu em 2023 veio de “áreas com estresse hídrico”. O Google, outro gigantesco operador de data centers, disse este ano que 15% da água que utilizou veio de áreas com “alta escassez de água”.

Medidas como a utilização de sistemas que reciclam a água em circuito fechado ou a instalação de data centers no fundo do mar, que a Microsoft testou, podem reduzir o consumo de água, que neste momento é um problema sério que vem crescendo e cuja resolução deve ser objeto das preocupações de todos.

(*) Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – vjnitz@gmail.com.

 

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in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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