Muitas pessoas, ao escolher uma carreira, são influenciadas pelas oportunidades e pelos salários correspondentes que podem alcançar, permitindo-lhes viver o mais confortavelmente possível sem trabalhar muito. Esse pelo menos deve ter sido o pensamento de Lauren Perraut, uma mulher de 32 anos que atualmente ganha 122 mil dólares por ano (cerca de 100 mil euros) pelo seu trabalho como assistente de patologia.
Um patologista é um profissional que diagnostica condições médicas examinando amostras em laboratório, ou seja, não precisam de diploma de medicina. Aliás, Perraut nem sequer é patologista; no caso dela, frisou o jornal espanhol ‘El Economista’, tudo o que precisou fazer foi estudar para se tornar assistente de patologia.
Assim, o percurso dela começou na Eastern Kentucky University (EUA), onde obteve um diploma de bacharel em ciências laboratoriais médicas, pois queria entrar no mundo da saúde, mas sem ter de passar quase uma década a estudar para se tornar médica, indicou à ‘CNBC’.
Durante a graduação, descobriu a carreira de assistente de patologia, que exigia apenas um mestrado de dois anos. Formou-se em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade Duke como assistente de patologia em 2017 e começou a trabalhar em tempo integral uma semana depois.
“Há uma escassez nacional de profissionais de laboratório médico, então há uma procura enorme por assistentes no momento”, disse Perraut, explicando que trabalha cerca de 40 horas por semana.
“Quando chego ao trabalho, geralmente já temos as amostras prontas para serem recolhidas”, apontou. “Elas podem variar de pequenas biópsias obtidas durante uma colonoscopia a ressecções de cancro maiores e mais complexas”, frisou. “Sinto que a minha carreira tem um enorme impacto, mas a maioria das pessoas nem sabe que existo.”
Esta história relatada pela ‘CNBC’ salientou também que Lauren Perraut é a principal provedora da sua família de três pessoas, já que o seu marido ganha cerca de 60.000 dólares por ano como orientador académico na Universidade de Kentucky.
Quanto à família, um dos seus principais objetivos é poupar, uma vez que destinam aproximadamente 3.900 dólares por mês para poupanças e investimentos (aproximadamente 3.300 euros). Assim, em junho deste ano, tinham 400.000 dólares em poupança para a reforma (aproximadamente 340.000 euros) e aproximadamente 113.500 dólares numa conta poupança (aproximadamente 96.000 euros).
Perraut quer incentivar outras pessoas a considerarem uma carreira semelhante na área da saúde: “Desde que me formei, o salário aumentou significativamente”, referiu. “Tenho muita alegria no meu trabalho e realmente quero partilhá-lo com os outros”, finalizou.

