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Laboratório de Inovação em Tecnologia da Saúde: Desenvolvimento de Soluções Avançadas

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Jordana Vieira e Valéria Credidio/ Assessoria de Comunicação do LAIS/UFRN

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Fortalecer os Núcleos de Economia da Saúde nos estados e municípios. Esta foi uma das orientações que foram enfatizadas durante o “Seminário Internacional de Economia da Saúde: Sistemas de Saúde, Sustentabilidade e Inovação”, que reuniu, em Natal, pesquisadores desta área que vem despontando como uma base para a sustentabilidade da saúde mundial. 

O seminário foi organizado pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), com a participação dos pesquisadores Rodrigo Pires – professor Adjunto do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília; Susana Henriques, professora Associada no Departamento de Educação e Ensino a Distância da Universidade Aberta de Portugal; Sandra Cardoso – diretora do Departamento de Formação, Investigação, Inovação e Desenvolvimento da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde de Portugal; Marilyn Bonfim, bióloga e pedagoga e membro da Coordenação de Relações Institucionais da Presidência da FioCruz; Érika Aragão, professora Adjunta do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia; além dos pesquisadores do LAIS, Thaisa Lima, Ricardo Valentim e Juciano Lacerda, vice diretor do Laboratório. 

A proposta dos temas debatidos surgiu da execução do Projeto Economia da Saúde, um movimento nacional para a construção de uma política pública direcionada para a economia da saúde, uma área que produz grande impacto social e econômico no Brasil e foi organizado pelo Departamento de Economia e Desenvolvimento em Saúde (DESID), da Secretária Ciência, Tecnologia, Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS) do Ministério da Saúde (MS), em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e a Organização Pan Americana de Saúde (OPAS). 

A participação do LAIS se dá pela parceria com o DESID/SECTICS, a qual desenvolve o projeto Economia da Saúde na perspectiva das políticas públicas, com o propósito de pensar a relação custo-efetividade dos investimentos, o nível de resiliência e o retorno social e econômico para o Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS) e para o país. Em seu plano de atuação, o projeto prevê uma avaliação ex ante, ou seja, analisar se há uma uma política consistente no país que contemple os aspectos relacionados à economia da saúde, se há coerência nos programas e nos projetos a ela associados.

Programação
Na parte da manhã foi realizado o debate envolvendo a inteligência artificial e o contexto global da economia da saúde. Como palestrantes estavam os professores Rodrigo Pires e Marilyn Bonfim, e a pesquisadora Thaísa Lima com os temas “A Inteligência Artificial no contexto global da economia da saúde: onde está o Brasil?”, “Uma crítica reflexiva sobre efetividade no SUS”, e “Análise Ex Ante da Economia da Saúde no Brasil”, respectivamente. 

As três falas traçaram um cenário realista da sociedade mundial e brasileira, com todos os desafios para a consolidação de um sistema de saúde com sustentabilidade social. Para Pires, o alerta gira em torno do financiamento das principais políticas de saúde serem financiadas pelo setor privado. Como exemplo, o professor da UnB citou o orçamento da Organização Mundial de Saúde que, por conta de governos e políticas liberais, perdeu o financiamento público e passou a contar, maciçamente, com recursos privados. “O discurso de desenvolvimento social com equidade mascara a agenda privatizada do sistema público de saúde”.

Para Marilyn Bonfim, a criação do SUS é um marco civilizatório para o Brasil e, sendo assim, precisa de políticas públicas que o apoiem. “Se a assistência social e a educação não funcionarem, a saúde também não funciona”, argumentou a pesquisadora. 

Finalizando a programação matutina, Thaísa Lima, durante a apresentação da análise ex-ante do Programa Economia da Saúde, descreveu o processo de levantamento de dados e pesquisa documental sobre a realidade da economia da saúde dentro do Ministério da Saúde, reforçando a importante do olhar crítico sobre o complexo da saúde, dentro de uma perspectiva ecossistêmica. 

Comunicação em saúde pública
A programação da tarde foi iniciada com a palestra “Comunicação em saúde pública: o erro da ausência da comunicação estratégica”, ministrada por Sandra Cardoso e Juciano Lacerda, em seguida o tema “Políticas públicas, inteligência artificial e educação” foi apresentado por Susana Henriques, logo após, a palestra “Economia da Saúde: desafios para o Brasil” foi apresentada por Érika Aragão. Finalizando a programação, o pesquisador do LAIS/UFRN, Ricardo Valentim, abordou o tema “Economia da Saúde e Inteligência Artificial como ferramenta de análises”.

Cardoso e Lacerda destacaram os problemas decorrentes da ausência de uma comunicação estratégica na saúde pública. Henriques abordou o caráter ambivalente da tecnologia, discutindo os impactos e o poder da inteligência artificial nas políticas públicas, na educação e na democracia. Aragão, por sua vez, apresentou um panorama dos desafios da saúde em um país de dimensões continentais como o Brasil. Valentim encerrou a programação contextualizando o papel estratégico da inteligência artificial na análise de dados em pesquisas na área da Economia da Saúde e ressaltou a importância de investimentos do Ministério da Saúde (MS) neste campo, para que o Brasil não permaneça em uma posição periférica no desenvolvimento e uso da inteligência artificial.

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