Macron nomeia novo governo e firma aliança com a direita

Coalizão junto do partido Os Republicanos é parte de uma tentativa do presidente francês de evitar uma moção de censura no Parlamento

O presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), nomeou um novo governo neste sábado (21.set.2024), marcando uma mudança para a direita no cenário político do país. A decisão se deu para evitar uma possível moção de censura no Parlamento, onde seu governo está em minoria.

A crise política e a baixa popularidade levaram Macron a escolher Michel Barnier (Os Republicanos, direita) como primeiro-ministro no início do mês. Em duas semanas, Barnier, ex-negociador do Brexit, formou uma coalizão com partidos de centro e direita. Macron considerou a estratégia vital para obter uma maioria mais estável na Assembleia Nacional, atualmente dividida. As informações são da AFP (Agence France-Presse).

A NFP (Nova Frente Popular, esquerda) anunciou que apresentará uma moção de censura para contestar o governo Barnier.

As eleições legislativas antecipadas, convocadas por Macron em junho, resultaram em um Parlamento fragmentado, com os 3 principais blocos políticos —esquerda, direita e centro-direita— longe de alcançar uma maioria. A NFP surgiu como o partido mais votado, com 193 deputados, mas Macron optou por não nomear Lucie Castets, a preferida da NFP, como primeira-ministra, buscando “estabilidade”.

O novo governo, composto por 39 membros, predominantemente da aliança de centro-direita de Macron e do Os Republicanos, enfrenta uma oposição da esquerda e de alguns membros da própria aliança de Macron, especialmente pela nomeação de figuras conservadoras como Bruno Retailleau para o Ministério do Interior e Laurence Garnier como secretária de Estado de Consumo.

A permanência do governo Barnier poderá depender do apoio do RN (Reagrupamento Nacional) de Marine Le Pen, que indicou que sua decisão sobre uma moção de censura será baseada nas políticas propostas por Barnier. O 1º grande desafio para a coalizão de Macron será apresentar o orçamento de 2025 em um momento em que a França enfrenta desafios para atender aos limites de deficit e dívida, impostos pelas normas europeias.



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