“De acordo com o que estabelecem as Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e sobre Relações Consulares, o Brasil permanecerá com a custódia e a defesa dos interesses argentinos até que o governo argentino indique outro Estado aceitável para o governo venezuelano para exercer as referidas funções”, explicou.
O governo brasileiro ainda ressaltou “a inviolabilidade das instalações da missão diplomática argentina, que atualmente abrigam seis asilados venezuelanos além de bens e arquivos”.
O cerco aumenta a tensão diplomática e passa a ser acompanhado de perto pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O gesto ocorre ainda depois da ordem de captura lançada pela Justiça venezuelana contra o candidato da oposição, Edmundo González.
Nesta semana, foi o governo da Argentina que enviou ao Tribunal Penal Internacional um pedido para que haja uma ação para solicitar a prisão de Maduro.
A oposição venezuelana, nas redes sociais, também denunciou que forças de segurança estão cercando o local. Pedro Noselli, coordenador de internacional da líder opositora María Corina Machado, divulgou a situação nas redes sociais. O homem, que está asilado no local, relatou que homens encapuzados e armados estavam cercando a embaixada por volta das 20h30 (horário local; 21h30, no horário de Brasília).
Às 23h20 (horário de Brasília), Pedro Noselli publicou outro vídeo no Instagram para mostrar a movimentação ao redor da embaixada. Segundo o coordenador, mais agentes encapuzados e armados, e patrulhas chegam ao local. No registro, é possível visualizar ao menos seis carros em movimento e o que seria uma viatura com o giroflex ligado.