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Médicos, inteligência artificial e a nova era da saúde – 06/04/2025 – Opinião

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Ao longo das últimas décadas, a tecnologia vem se tornando uma grande aliada da medicina. Avanços como o surgimento do raio-X e do ultrassom até, mais recentemente, exames de medicina nuclear de precisão, procedimentos com uso de realidade aumentada e cirurgias robóticas, que auxiliam no diagnóstico, tratamento e recuperação dos pacientes, mudaram dramaticamente a prática médica.

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As plataformas de saúde digital, que conectam médicos e pacientes por meio de consultas online, permitem prescrições de remédios a distância e monitoramento de doenças como diabetes e câncer, dentre outras facilidades, também já fazem parte da realidade de muitos países.

Uma grande e silenciosa revolução vem acontecendo com o advento dos sistemas de inteligência artificial, área que se desenvolve em velocidade impressionante e se constitui poderosa ferramenta para aprimorar a qualidade e a eficiência dos cuidados em saúde, auxiliando, por exemplo, na análise de exames de imagem, previsão do risco de doenças, aperfeiçoamento das práticas médicas, personalização de tratamentos e redução de erros relacionados ao diagnóstico e às condutas terapêuticas.

Esta segunda-feira (7), em que celebramos o Dia Mundial da Saúde, é uma data oportuna para uma reflexão sobre como a IA generativa pode impactar a área da saúde e a medicina. Na Rede D’Or, constituída por 78 hospitais em 13 estados brasileiros e no Distrito Federal, a IA já auxilia no rastreamento de doenças graves, como câncer de mama, próstata, tireoide e cólon.

Os sistemas de IA são programados e configurados por humanos para servir às pessoas. Na medicina, são mecanismos capazes de fazer analogias e cruzamentos de dados fundamentais para auxiliar nas decisões, condutas e nas melhores práticas médicas.

É indubitável que a IA generativa veio para ficar, mas se engana quem pensa que ela poderá, no futuro próximo, substituir a figura do médico. Os métodos de inteligência artificial poderão e irão ajudar no aperfeiçoamento do exercício da profissão, sem, contudo, pôr em risco sua existência. Pelo menos não no futuro imediato.

A IA não substituirá a necessidade do autocuidado e da prevenção. Hábitos como alimentar-se de forma equilibrada, não fumar, praticar exercícios físicos regularmente e dormir bem continuarão sendo a receita para a boa saúde. Tomar vacinas e realizar exames preventivos também seguirão imprescindíveis para manter a saúde em dia.

Nos anos 2000, quando surgiu o Google no Brasil, passou a ser comum que cidadãos fizessem buscas para se informar sobre doenças, embora isso não seja recomendável. Os chats de IA já começam a ser utilizados para tal finalidade. Mas a avaliação de um profissional médico, aliada a exames complementares, ainda é a melhor forma de diagnóstico e tratamento dos pacientes.

Do lado dos médicos, a formação acadêmica sólida e a constante atualização do conhecimento científico, inclusive sobre os métodos de IA disponíveis, seguirão imprescindíveis para o exercício da profissão com qualidade e excelência.

TENDÊNCIAS / DEBATES

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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