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Milei, o criador de criptomoeda, oferece dólares à vontade. Por Moisés Mendes

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javier milei dolar
Javier Milei: presidente argentino eliminou o limite para a compra de dólares por cidadãos argentinos. Foto: Reprodução.

Por que os argentinos invadiram o Brasil no verão? Não, não foi porque ficaram ricos, como andou dizendo um grande empresário do varejo. Argentinos de classe média vieram para o Brasil porque aqui os dólares deles valem mais do que na Argentina.

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E porque aqui tudo é mais barato do que lá. O dólar está, segundo algumas estimativas, até 30% defasado em relação ao peso. E com tudo caro na Argentina, o que eles fizeram é o mais óbvio: foram buscar alimentos, bens duráveis e turismo onde poderiam gastar melhor seus dólares.

Porque a moeda americana é parte da cultura do país, durante os 10 anos, até 2001, em que um peso foi equivalente a um dólar. Argentinos fazem poupança em dólares, como forma de proteção.

Pois nessa sexta-feira Javier Milei anunciou que a partir de agora todos os argentinos (pessoas físicas) podem comprar a quantidade que quiserem de dólares.

Até agora, nos últimos seis anos, cada pessoa podia comprar no máximo US$ 200 por mês. Com o acordo que prevê a liberação de US$ 20 bilhões pelo FMI, o fascista avisa: haverá dólares à vontade.

Acabam com os controles e o dólar flutuará entre o mínimo de 1 mil e o máximo de 1.400 pesos. Se passar disso, o governo intervém.

Vai dar certo? É o que terão de pagar para ver. Primeiro, sem as amarras do câmbio, saem ganhando os exportadores, principalmente de soja, porque o peso perde força e o dólar se fortalece. Fica mais fácil vender para fora.

Mas e o povo? Há todo tipo de previsão, como um possível aumento da inflação. Mas sem corrida aos dólares, porque o caixa de Milei estará forte, por algum tempo pelo menos.

Se a cotação bater no teto previsto de 1.400, de acordo com a procura por dólares, a moeda terá uma correção de algo em torno de 30%. Haverá repercussão nos produtos com custos em dólar.

O fascista foi salvo pelo FMI, num momento em que a inflação ameaça voltar (foi de 3,7% em março), há queima de reservas por causa da demanda por dólares e o descontentamento interno cresce.

E as investigações sobre a pilantragem da criptomoeda não param. O Ministério Público já pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário de Milei e da irmã dele, Karina.

Os dois, sob suspeita de fazerem parte da quadrilha internacional que criou a $Libra, seriam tão ingênuos ou arrogantes a ponto de movimentar dinheiro ilícito em suas próprias contas? Pela sequência de fatos, a resposta é sim.

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