A Promotoria Especializada em Crimes Cibernéticos foi acionada pelo promotor. O objetivo é preservar e recuperar provas do escândalo.
Taiano também pediu relatórios a órgãos públicos e privados ligados ao mercado de criptomoedas. Ainda foram enviadas notificações ao Banco Central e ao Google.
Entenda o caso
Na tarde da última sexta-feira (14), Milei divulgou nas redes sociais a criptomoeda $Libra: “Este projeto privado se dedicará a incentivar o crescimento da economia argentina.”
Lançada no mesmo dia, o preço da criptomoeda saiu do zero e atingiu quase US$ 5 (R$ 28) poucas horas após a publicação de Milei. Os nove sócios responsáveis pelo projeto, que detinham 80% das moedas, aproveitaram a supervalorização para liquidar todos os seus ativos, levando consigo os lucros.
Com a venda em massa, a cotação da $Libra despencou 90% em duas horas, drenando a carteira de pelo menos 44 mil investidores ao redor do mundo. Estima-se que no mínimo US$ 250 milhões foram perdidos nas transações, que movimentaram, desde seu lançamento, mais de US$ 4 bilhões.