São Paulo — A Natura deu um passo significativo na inovação de seus processos internos ao se tornar uma das primeiras companhias na América Latina a utilizarem a plataforma de inteligência artificial (IA) generativa da SAP, que se chama Joule. Em uma colaboração estratégica, Natura e a empresa alemã SAP, de aplicações e softwares para gestão empresarial, uniram forças para implementar a tecnologia em apenas três semanas, entre maio e junho deste ano.
A Joule permite automatizar e otimizar uma série de operações que anteriormente demandavam tempo e recursos consideráveis. Ao implementar essa solução, a Natura diz buscar não apenas aumentar a eficiência de suas operações, mas também aprimorar a tomada de decisões estratégicas, baseando-se em análises mais precisas e em tempo real.
Segundo o CO-CEO Latam da Natura Pay e de novos negócios, José Manuel Silva, a Natura investe no pilar de que “bem é estar bem”. “Isso parece óbvio, mas você só consegue fazer o seu melhor, quando está bem com você mesmo”, afirmou durante o SAP NOW Brazil, que ocorre hoje e amanhã, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
“Há 55 anos, todos os nossos negócios e ecossistema se baseiam nesse pilar. Mas, talvez, o principal fator desse pilar seja a nossa prioridade. A única forma de nós respeitarmos o nosso legado é sermos absolutamente insanos com a curiosidade do futuro”, destacou.
Como funciona a IA generativa?
A inteligência artificial generativa é um tipo de IA que vai além das capacidades tradicionais de análise e de previsão. Diferentemente das abordagens convencionais, que se baseiam em grandes quantidades de dados históricos para fazer previsões ou identificar padrões, a tecnologia é capaz de criar novos conteúdos ou soluções a partir de um conjunto de parâmetros predefinidos. Um exemplo bastante conhecido no Brasil é o ChatGPT, que pode gerar imagens, músicas e textos completamente novos.
A IA generativa utiliza modelos complexos, como redes neurais profundas, que imitam o funcionamento do cérebro humano para gerar novos dados ou conteúdos. Por exemplo, ao ser aplicada na gestão de processos, pode sugerir novas formas de otimizar uma cadeia de produção, criar simulações de diferentes cenários de mercado, ou mesmo antecipar problemas antes que eles ocorram, oferecendo soluções proativas.
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