O governo Milei liberou nesta segunda-feira (24) arquivos confidenciais sobre a nazistas refugiados na Argentina após a Segunda Guerra Mundial. A decisão atendeu o pedido Senado dos Estados Unidos que investiga o paradeiro dos criminosos.

Senado americano solicitou os arquivos confidenciais
O chefe de gabinete do governo, Guillermo Francos, confirmou a decisão. Momentos antes, Javier Milei teve uma reunião com autoridades do Centro Simon Wiesenthal, uma organização internacional de direitos humanos, com sede em Los Angeles, que trata sobre o Holocausto.
“O presidente Milei ordenou que todas as informações existentes em qualquer órgão do Estado fossem liberadas, pois não há razão para manter esses dados restritos”, afirmou Francos.

No encontro, o presidente recebeu uma carta do senador americano Chuck Grassley, do Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos. Os Estados Unidos pediram a Milei colaboração em uma investigação sobre nazistas refugiados na Argentina.
Arquivos já deviam ter sido divulgados
Dentre os documentos, estão registros do Ministério da Defesa, que incluem informações sobre as atividades das Forças Armadas durante a ditadura militar argentina, além de dados financeiros relacionados aos nazistas que se refugiaram no país.

Parte da liberação dos documentos de nazistas refugiados na Argentina já devia ter sido liberada antes. O Decreto 4 de 2010, solicitava a revelação de documentos e informações relacionadas com as ações das forças armadas entre 1976 e 1983.
Nazistas refugiados na Argentina
O país sul-americano foi um dos principais destinos para a fuga dos nazistas. Embora o país tenha declarado guerra à Alemanha, em 1945, a postura diplomática em relação ao regime de Hitler foi ambígua, com vários membros do governo e do exército sendo acusados de proteger ou até colaborar com os criminosos de guerra.

Adolf Eichmann, um dos principais responsáveis pelo genocídio em massa de judeus, esteve refugiado no país. Segundo a Enciclopédia do Holocausto, com a ajuda da Igreja Católica, Eichmann fugiu para o país em 1946. Onde viveu até 1960, usando o pseudônimo de Ricardo Klement. O nazista foi capturado e morto pelo Serviço de Inteligência Israelense.
*Com informações do R7