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No futuro, cada pessoa terá seu agente pessoal de IA, diz chefe de produtos da OpenAI

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Em palestra mais aguardada do Brazil at Silicon Valley (BSV), evento patrocinado pelo ‘Estadão’, Godement vê Brasil como um dos destaques na adoção do ChatGPT, principalmente em formato de voz

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24 abr
2025
– 10h49

(atualizado às 14h21)

ENVIADA ESPECIAL A SUNNYVALE – Olivier Godement, chefe de produtos da OpenAI, a plataforma criadora do ChatGPT, enxerga um futuro no qual cada pessoa terá seu agente pessoal de inteligência artificial (IA) disponível a seu serviço. “Pense em um tipo de empregado que fica 24 horas conectado e tem acesso a todos os dados que você quer acessar”, disse ele, na palestra mais aguardada do Brazil at Silicon Valley (BSV), evento patrocinado pelo Estadão, na noite de quarta-feira, 23.

“Ele é superinteligente, vai poder se comunicar com outros agentes, preparar algumas reuniões, algumas transações, ajudar a fazer o Imposto de Renda ou cuidar da minha vida financeira.”

Pode parecer uma realidade distante, afirmou, mas nem tanto. Godement afirmou que seu primeiro momento ‘uau!’ com a inteligência artificial aconteceu há apenas dois anos, quando percebeu que o ChatGPT3 produzia textos melhor do que ele mesmo. O segundo foi perceber a rápida curva de adoção da tecnologia, que tem se acelerado em velocidade exponencial.



Godement, da OpenAI: brasileiro prefere voz, uma comunicação mais natural

Godement, da OpenAI: brasileiro prefere voz, uma comunicação mais natural

Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

No curto prazo, Godement vê o surgimento de milhões de desenvolvimentos para tarefas específicas. Para isso, a OpenIA está elaborando a plataforma para facilitar o trabalho de desenvolvedores. “Cada vez mais, as empresas devem integrar modelos de IA com suas ferramentas e sistemas internos para aumentar sua eficiência operacional, permitindo a automação de tarefas repetitivas e melhor atendimento ao cliente”, afirmou.

Além de facilitar o acesso a dados relevantes, como informações de CRM (relacionamento com o consumidor) e sistemas de pagamento, para respostas mais precisas e contextuais, será preciso garantir segurança e conformidade ao implementar políticas e intervenções humanas que protejam dados sensíveis durante a interação com os modelos de IA.

“A flexibilidade intelectual é crucial para que as equipes se adaptem rapidamente a novas tecnologias e inovações”, disse. “Profissionais com mentalidade aberta conseguem reavaliar constantemente suas abordagens e estratégias diante de mudanças.”



Durante o Brazil at Silicon Valley, na Califórnia, chefe de produtos da OpenAI afirmou que diversidade linguística e cultural do Brasil oferece 'oportunidades únicas para personalização e inovação em soluções de voz'

Durante o Brazil at Silicon Valley, na Califórnia, chefe de produtos da OpenAI afirmou que diversidade linguística e cultural do Brasil oferece ‘oportunidades únicas para personalização e inovação em soluções de voz’

Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

Para Godement, o Brasil leva vantagem no quesito criatividade e flexibilidade, já que o País tem ganhado relevância dentro da OpenAI, sobretudo no que diz respeito ao uso de comunicação por voz. “Comentei com um amigo sobre como havia muitas mensagens de voz no meu WhatsApp e ele me mostrou que o dele era definitivamente pior”, disse, arrancando risadas da plateia.

Segundo Godement, o maior uso de voz indica uma preferência pela comunicação mais natural do que a escrita. “A diversidade linguística e cultural do Brasil oferece oportunidades únicas para personalização e inovação em soluções de voz”, afirmou.

Ele disse ainda que a IA pode democratizar o acesso a tecnologias avançadas, o que tende a permitir que empresas em mercados emergentes compitam em pé de igualdade com gigantes globais. “A IA pode facilitar a personalização de serviços e produtos, atendendo melhor às necessidades locais e culturais, o que pode resultar em um crescimento econômico mais inclusivo”, disse.

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