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Notícias de Franca – O ChatGPT, o ‘Bar do Índio’, o Código de Ética e a melhor de Franca

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Nunca imaginei que fosse tão difícil escrever uma coluna em um jornal. Surgem tantos assuntos, mas nenhuma abordagem parece ter a profundidade que eles merecem. Por isso, decidi comentar sem profundidade mesmo. Veja como é o enfrentamento criativo.

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Pensei em publicar uma poesia. Os versos elevam a alma e enriquecem o espírito. Escrevi alguns versos dos quais gostei bastante. Porém, fiquei curioso em saber a opinião da inteligência artificial sobre minha obra. Fiquem tranquilos, nada que publico aqui tem dedo de inteligência artificial, mas somente burrice natural. Foi apenas uma curiosidade momentânea. Sigamos.

Pedi ao ChatGPT que analisasse a escrita e a tecnologia me apresentou quatro novas versões do meu trabalho. A primeira não tinha sentido: havia erros de concordância, verbos e substantivos trocados e adjetivos que justificariam um mandado de prisão ao autor. A segunda versão era incoerente, exagerada e infantil. Eu falava de chuva e a IA falava de rios; eu falava de bicas e a IA de cuspe. A terceira versão era uma cópia. Fui plagiado pela inteligência artificial. Já a quarta versão me deixou de queixo caído, pois era muito melhor que a minha. Tinha alma, emoção e reflexão. Minha derrota foi tão acachapante que excluí a poesia.

Pensei em falar de moralidade e ética no serviço público. Mas, se nem os ministros do Supremo Tribunal Federal têm ou aceitam um Código de Ética, o que vou comentar sobre? Me lembrei da passagem de um livro que li recentemente, Trens Rigorosamente Vigiados. O autor tcheco Bohumil Hrabal narra o cotidiano de uma estação ferroviária na Tchéquia durante a ocupação nazista, por onde passavam trens carregados de armamentos e soldados. Em um trecho, durante um momento de tédio e ociosidade no período de trabalho noturno, o chefe da estação Hubicka propõe à telegrafista Zdenicka um jogo. O resultado é a telegrafista com nádegas e coxas carimbadas com os selos oficiais da estação de trem. Ética pura! De um modo ou de outro, carimbar nádegas não deve ser tão incomum no nosso país.

Também cogitei falar sobre uma crônica que publiquei neste espaço em maio de 2023. Tratava-se da saga do senhor José Raimundo, conhecido por Índio, dono de um bar e que enfrentou sérios problemas na Justiça. Você pode ler aqui: https://noticiasdefranca.com.br/secoes/opinioes/o-indio-o-todes-o-gordo-e-o-criado-mudo/. . Achei relevante, porque a Advocacia-Geral da União publicou uma portaria incluindo a palavra “índio” entre as expressões consideradas racistas. A história do “Bar do Índio” se passa em 2027, mas a escalada da estupidez foi mais rápida que o previsto. Que o “JK do Pajé” abra o olho.

A violência contra a mulher é assunto relevante e, da minha parte, que os homens violentos sejam tratados feito animais bravios. No aspecto repressivo, por exemplo, no homem violento deveria ser colocada uma tornozeleira eletrônica. A medida é importante, pois é possível acompanhar o deslocamento do sujeito em tempo real e, em caso de urgência, prendê-lo. Não acabará com a violência, mas a curto prazo é medida que pode fazer a diferença.

Há alguns anos, vi o vídeo de um feminicídio em Franca. O feminicida, não me lembro o nome, chega a um local que parece estar acontecendo um churrasco e, de maneira brutal, esfaqueia impiedosamente sua ex-companheira. Com ela no chão, ele aplica-lhe um chute na cabeça. Um sujeito que pratica um crime dessa forma merece em algum momento sair da prisão? Não! A lei é permissiva e deveria ser mudada. O criminoso Lindemberg Fernandes, autor do feminicídio midiático de Eloá Pimentel, em 2008, está em regime semiaberto desde o final de 2022. Ótimo comportamento na prisão, dizem os juristas. Ele deveria ter esse benefício? Não.

Enquanto isso, Elize Matsunaga ultrapassa Luiza Trajano e se torna a personalidade mais famosa e relevante de Franca nas “trends”. Não demora e nossa “hillbilly killer globetrotter” é convidada para proferir uma palestra na Unesp, com a presença de jovens revolucionários, resistentes senhores e o Zé Dirceu. Democracia e soberania nacional salvas! Ou, quem sabe, é recebida na Câmara Municipal, pede “anistia” em hebraico, é envolvida numa bandeira do Brasil e recebe uma moção de aplausos. Deveras emocionante!

É hora das grandes figuras democráticas da cidade de Franca se unirem em favor de uma candidatura convergente e, pela emoção do jovem que conseguiu uma foto ao lado dela, a senhora Matsunaga representa o fim da polarização e o que há de melhor na nossa cidade. Pelo menos é o que diz a inteligência artificial.



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