Um robô de inteligência artificial do Google DeepMind conseguiu chegar a um desempenho de “nível humano amador” no tênis de mesa, mas ainda está longe de conquistar medalhas olímpicas de ouro, como os atletas chineses, ou de chegar perto das habilidades do brasileiro Hugo Calderano, que disputou o bronze em Paris.
O braço robótico — e sua raquete impressa em 3D — venceu 13 de 29 jogos contra humanos com diferentes níveis de habilidade. Ele ganhou 100% dos jogos contra jogadores “iniciantes” e 55% contra “intermediários”. No entanto, perdeu todas as partidas contra adversários “avançados”. A informação é do site The Next Web.
Em um estudo publicado recentemente no Arxiv, a subsidiária de inteligência artificial do Google diz que o robô com raquete teve que dominar habilidades básicas, como devolver a bola, além de tarefas mais complexas, como planejamento e estratégia a longo prazo.
O DeepMind afirmou, ainda, que os resultados do projeto recente são um passo em direção ao objetivo de alcançar velocidade e desempenho em tarefas do mundo real comparáveis aos humanos.
A empresa acrescentou também que sua abordagem levou a um “jogo competitivo ao nível humano” e com “um agente robótico com o qual os humanos realmente gostam de jogar”.
O Google DeepMind não é o único a escolher o tênis de mesa para treinar seus sistemas. O “primeiro tutor robótico de tênis de mesa” foi reconhecido pelo Guinness World Records em 2017. A máquina foi desenvolvida pela empresa japonesa de eletrônicos Omron.
Como é um esporte que exige coordenação mão-olho, pensamento estratégico, velocidade e adaptabilidade, isso acaba fazendo com que o tênis de mesa seja favorável para testes em robôs com inteligência artificial.