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O ciclo de alta acabou? Bitcoin (BTC) recua para US$ 107 mil, e mercado de criptomoedas entra em modo de correção

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Após flertar com os US$ 112 mil e alcançar novas máximas históricas, o bitcoin (BTC) começa a devolver parte dos ganhos e recua para a casa dos US$ 107 mil, acumulando queda de 2,37% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. O movimento acende alertas sobre uma possível reversão no ciclo de alta.

A maré virou no mercado de criptomoedas, e a volatilidade, velha conhecida dos investidores, voltou a ditar o ritmo nesta quarta-feira (28). Com a ausência de notícias relevantes no radar dos ativos de risco, os criptoativos entraram em zona de correção, à espera de mudanças mais claras no cenário macroeconômico.

O movimento não ficou restrito ao BTC. Por volta das 15h30, diversas altcoins acompanharam o clima de cautela, com XRP em baixa de 3,55%, solana (SOL) recuando 4,12% e cardano (ADA) desvalorizando 2,95%.

Empresas com exposição relevante ao bitcoin também não escaparam. Um dos destaques foi a GameStop (GME), que despencou 9% após anunciar a compra de cerca de 4.710 BTCs, equivalente a aproximadamente US$ 500 milhões.

Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:

#Nome (Símbolo)Preço (USD)24h7dYTDMarket Cap (USD)
1Bitcoin (BTC)US$ 107.563,95-2,37%0,66%15,17%US$ 2,14 tri
2Ethereum (ETH)US$ 2.644,95-1,69%6,67%-20,60%US$ 319,31 bi
3Tether (USDT)US$ 1,00-0,02%-0,03%0,22%US$ 152,94 bi
4XRP (XRP)US$ 2,25-3,55%-4,23%2,71%US$ 132,59 bi
5BNB (BNB)US$ 687,33-0,45%2,69%-2,72%US$ 96,84 bi
6Solana (SOL)US$ 171,42-4,12%2,10%-11,58%US$ 89,23 bi
7USDC (USDC)US$ 1,000,00%0,02%-0,02%US$ 61,35 bi
8Dogecoin (DOGE)US$ 0,22-3,92%-2,85%-32,10%US$ 32,91 bi
9Cardano (ADA)US$ 0,75-2,95%-0,93%-11,70%US$ 26,33 bi
10TRON (TRX)US$ 0,280,10%2,98%7,71%US$ 26,09 bi
Fonte: CoinMarketCap

Bitcoin e a política de juros dos EUA

Segundo dados do CME Group, a maioria dos operadores financeiros ainda aposta no primeiro corte de juros nos Estados Unidos em setembro deste ano. Até lá, a expectativa dominante é de manutenção da taxa entre 4,25% e 4,5% ao ano.

Vale lembrar que a redução dos juros costuma favorecer ativos de risco, como criptomoedas. Por isso, qualquer desvio nas expectativas projetadas — para cima ou para baixo — pode mudar drasticamente o humor dos investidores.

A equação, no entanto, continua delicada. De um lado, o presidente dos EUA, Donald Trump, pressiona o Federal Reserve (Fed) por uma flexibilização monetária. De outro, a inflação ainda elevada no país sustenta o argumento de que os cortes devem ser adiados.

A ata da última reunião de política monetária do Fed, divulgada nesta quarta-feira, destacou preocupações com inflação e desemprego. “Quase todos os membros apontaram o risco de a inflação ser mais persistente do que o esperado”, revelou o documento.

O ciclo de alta das criptomoedas chegou ao fim?

Desde a mínima do ano em abril, até o pico de US$ 112 mil da semana passada, o BTC acumulou valorização de quase 50%. O desempenho animou parte do mercado, mas também levantou alertas de que a euforia atual poderia lembrar o cenário de 2021, período de alta significativa seguido de fortes correções nos ciclos seguintes.

Essa percepção, no entanto, não é unânime. Em relatório recente, a New York Digital Investment Group (NYDIG) discordou da comparação, destacando que, apesar do avanço robusto, a escalada atual é mais moderada do que nos ciclos anteriores.

Segundo a NYDIG, desde a mínima de US$ 15 mil em novembro de 2022, o BTC se multiplicou cerca de sete vezes. Em contraste, a criptomoeda chegou a subir 452 vezes em 2013, 112 vezes em 2017 e 20 vezes em 2021 — um sinal de que ainda pode haver espaço para valorização.

Outro ponto levantado foi o indicador Market Value to Realized Value (MVRV) — que compara o valor de mercado atual ao valor “realizado” (com base na última movimentação de cada moeda). Atualmente em 2,4 vezes, o índice está bem abaixo do pico de 4,0 vezes registrado em 2021.

“Embora esses sejam apenas parâmetros aproximados, eles sugerem que ainda há um potencial significativo de valorização para o bitcoin”, avaliou a NYDIG.

* Com informações do Money Times e Coindesk



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