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O gadget de IA de Jony Ive e OpenAI está em apuros: faltam ‘cérebros’ e sobram problemas

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Jony Ive e Sam Altman

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A união entre Jony Ive, o lendário designer que moldou a estética da Apple, e a OpenAI, a empresa por trás do ChatGPT, prometia ser o início de uma nova era para o hardware com inteligência artificial. No entanto, o primeiro grande projeto desta parceria de luxo parece estar a enfrentar obstáculos significativos, levantando dúvidas sobre o seu futuro.

 

Em 2023, soube-se que a startup “io” de Jony Ive estava a colaborar com a OpenAI. Este ano, a parceria foi cimentada com a aquisição da “io” por uns impressionantes 6,5 mil milhões de dólares, com vários produtos na calha, incluindo um pendente, um altifalante inteligente e até um robô. Contudo, um dos projetos mais secretos está a revelar-se um verdadeiro quebra-cabeças.

 

Um dispositivo sem ecrã, mas com muitos desafios

 

Segundo avança o Financial Times, o projeto em dificuldades centra-se num pequeno dispositivo, do tamanho da palma da mão, que dispensa qualquer tipo de ecrã. A ideia é que o aparelho interaja com o utilizador e o ambiente através de pistas audiovisuais, recorrendo a câmaras, um microfone e um altifalante.

 

Apesar de ser a praia de Jony Ive, os problemas não estão no design ou no hardware. As dores de cabeça são “críticas” e residem no software e na infraestrutura. As equipas debatem-se com a definição da “personalidade” da IA, as inevitáveis questões de privacidade de um aparelho “sempre ligado” e, acima de tudo, a massiva capacidade de computação necessária para o fazer funcionar em larga escala.

 

Uma fonte anónima próxima de Ive foi bastante direta: “A computação é um fator enorme para o atraso. A Amazon tem poder de computação para a Alexa, tal como a Google para o seu dispositivo Home, mas a OpenAI debate-se para ter o suficiente para o ChatGPT, quanto mais para um dispositivo de IA — eles precisam de resolver isso primeiro.”

 

Atrasos são “normais” ou um sinal de alarme?

 

Apesar do cenário preocupante, uma fonte dentro da OpenAI desvalorizou as dificuldades, considerando-as uma parte normal do desenvolvimento de qualquer produto inovador.

 

O aparelho, pensado para estar numa secretária mas também ser portátil, enfrenta ainda os desafios de ser “sempre ligado”. Ensinar a IA a saber quando deve interagir e, igualmente importante, quando deve terminar uma conversa, são problemas complexos que nem o próprio ChatGPT conseguiu resolver por completo.

 

Com um lançamento previsto para o final do próximo ano, a equipa de Jony Ive e Sam Altman tem uma verdadeira corrida contra o tempo. O ritmo acelerado da evolução da IA pode trazer soluções, mas, para já, o projeto de sonho parece estar preso nos desafios do mundo real.

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