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O Google ainda não morreu. Mas o ChatGPT já lhe está a roubar turistas | Por Luís Horta

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Nos cafés do Algarve, continua-se a perguntar: “Já fizeste o site da tua empresa?”
Mas a pergunta certa, em 2025, talvez seja outra: “O ChatGPT recomenda o teu negócio?”

Sim, é verdade. O gigante Google está longe de desaparecer, mas já não é o único a mandar. Em poucos meses, a inteligência artificial passou de brincadeira de nerds a motor de escolha real para milhões de turistas, residentes e consumidores. E muitos negócios locais ainda estão a olhar para o lado errado.

O algoritmo já não está só em Silicon Valley. Está nas mãos do seu cliente.

“De facto, porquê abrir 10 sites mal escritos se a IA me dá a resposta em segundos?”,  um turista, provavelmente hoje, na Marina de Lagos.

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LUÍS HORTA
Professor no Agrupamento de Escolas João de Deus*
O gigante Google está longe de desaparecer, mas já não é o único a mandar. Em poucos meses, a inteligência artificial passou de brincadeira de nerds a motor de escolha real para milhões de turistas, residentes e consumidores

Nos últimos meses, o ChatGPT conquistou 5% do mercado de pesquisas globais, segundo a Forbes (junho 2024).

Mais: 23% dos utilizadores globais já usam IA como primeira fonte para encontrar recomendações locais.

Fonte: GlobalWebIndex, 2024.

Traduzido para o Algarve:

há quem continue a investir em Google Ads como se estivéssemos em 2019, enquanto turistas com smartphones e um inglês fluente já perguntam diretamente à IA:

“Where to eat fish in Olhão like a local?”
“Quiet beach café in Aljezur?”
“Best dentist in Faro for dental implants?”

E se o seu site for lento, mal escrito, genérico ou invisível… a IA pura e simplesmente não o vê. E se ela não o vê, o turista também não.

Há semanas, uma terapeuta de Albufeira perguntava-me porque razão os seus anúncios já não traziam clientes estrangeiros. O problema? O site dizia tudo… menos o que um turista realmente quer saber: “é de confiança? Fala inglês? Posso reservar pelo WhatsApp?”

E é aqui que muitos negócios continuam a falhar.

Se tem um restaurante e o menu não está atualizado no site, o ChatGPT não o recomenda.

Se tem um alojamento local e o site não refere onde está ou a que distância da praia, a IA não o mostra.

Se tem um consultório e a página não diz se fala inglês, é como se não existisse.

Não basta estar online. É preciso responder às perguntas que o seu cliente real está a fazer.

O seu site é bonito. Mas será que é corajoso?

Em 2023, a maioria dos negócios algarvios que renovou o site fez algo “profissional”. Limpo. Com menu. Com logótipo bonito. Com frases como:

“Dedicados ao cliente”
“Profissionalismo e qualidade”
“A pensar em si”

Mas sabe o que é que a IA faz com esse tipo de frases? Ignora.

A guerra já não é para aparecer no Google.
É para ser compreendido pelo ChatGPT.

E agora?

Se tem um negócio no Algarve e ainda está a contar apenas com o Google, é tempo de agir.

A questão não é se deve mudar tudo. É se quer ser uma das referências que a IA recomenda… ou só mais uma página invisível.

Isto não é futurismo. É o presente a gritar-lhe que um bom site já não chega.
O que precisa agora é de um site que saiba falar com humanos… e com máquinas.

Porque sim, a IA já está a decidir quem merece ser encontrado. E o seu nome pode não estar na lista.

A pergunta já não é “como subir no Google?”. A pergunta, hoje, é: “o que é que a IA está a dizer sobre mim… quando eu não estou a ver?”

*Especialista em posicionamento digital, fundador da Webfarus e autor dos livros “ChatGPT para Professores” e “ChatGPT para Estudantes”. Trabalha com marcas e empresas no Algarve e em todo o país para as ajudar a destacar-se, não só no Google, mas também nas respostas do ChatGPT.

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