Com o lançamento do Atlas, da OpenAI, e do Comet, da Perplexity, além de recursos de inteligência artificial (IA) que já equipam o Chrome com Gemini e o navegador da Microsoft com Copilot, cresce a nova onda de navegadores inteligentes. Nesse cenário, o TechCrunch levantou a questão: afinal, para quem servem essas ferramentas e vale a pena trocar os navegadores tradicionais por elas?
Os navegadores com IA chegam com a proposta de transformar a forma como as pessoas interagem com a web, ou seja, em vez de o usuário clicar, acessar e navegar página por página, agentes automatizados assumem parte dessas ações.
O Atlas, por exemplo, integra o ChatGPT para interpretar comandos e executar tarefas dentro de sites, como buscar informações específicas ou organizar conteúdo. Já o Comet oferece funções parecidas, com foco em respostas diretas e na realização automática de tarefas dentro das páginas, como preencher formulários, buscar informações ou organizar conteúdo.
Esses navegadores usam IA para reduzir o esforço manual em tarefas comuns e a promessa é de eficiência. No entanto, o agente pode acabar apenas “clicando por você”, simulando uma navegação tradicional, e nem sempre com mais agilidade. No dia a dia, muitos ainda preferem fazer do jeito convencional.
O uso também envolve em questões de segurança, já que, como o navegador acessa sites e decide o que fazer em nome do usuário, aumenta o risco de expor dados pessoais ou permitir ações não autorizadas sem supervisão completa.
Mas, afinal, para quem servem os navegadores de IA?
Apesar das limitações, há pessoas que podem ter vantagem se passarem a usar navegadores com IA. Usuários que realizam tarefas repetitivas na web, como pesquisar preços, coletar dados ou organizar listas, podem economizar tempo com a IA, que automatiza etapas que antes precisariam ser feitas manualmente.
Profissionais que dependem de pesquisa constante também podem encontrar vantagens. Para esse público, a capacidade da IA de interpretar contexto, resumir informações e apresentar respostas rápidas pode acelerar processos e diminuir o esforço de navegação em múltiplas fontes.
Para quem se perde em menus, abas e diferentes interfaces, também pode ser útil; deixar essas ações com o navegador de IA funciona quase como ter um assistente pessoal, reduzindo a complexidade da experiência online.
Por outro lado, usuários que querem ter controle da navegação, fazendo buscas específicas, consultando várias fontes e mantendo seus hábitos com navegadores tradicionais como Chrome, Safari ou Firefox, podem não sentir necessidade de migrar.
Além disso, a tecnologia ainda está em fase inicial. Experiências com Atlas, Comet, Gemini e Copilot mostram que, embora haja potencial de ganho, muitas tarefas automatizadas ainda não correspondem às necessidades reais do usuário comum.
