
A OpenAI anunciou na última terça (16) uma atualização do ChatGPT Images, com um modelo novo focado em edição de imagens e geração visual. A mudança chega com o nome GPT-Image-1.5 e tem como proposta melhorar a fidelidade às instruções, acelerar o tempo de geração e manter consistência visual ao longo de várias alterações na mesma imagem, como iluminação, composição e aparência de pessoas.
A atualização também inclui uma área dedicada a imagens dentro do ChatGPT, com estilos prontos e sugestões de criação, para encurtar o caminho entre ideia e execução sem exigir prompts longos.
O que muda na edição na prática?
O ponto central está no comportamento do editor: o sistema passa a seguir pedidos com mais precisão e com menos mudanças “colaterais”.
Em vez de reconstruir trechos inteiros de imagens, agorao modelo tende a mexer apenas no que foi pedido, preservando detalhes que costumavam variar em edições sucessivas.






A OpenAI descreve cinco operações como base para o fluxo de edição: adicionar, remover, combinar, mesclar e transpor elementos.
Isso cobre desde ajustes simples, como inserir um objeto, até montagens com múltiplas referências e trocas de estilo mantendo o restante estável.


Velocidade: geração até 4x mais rápida
Outro ganho anunciado é o desempenho: o GPT-Image-1.5 pode gerar imagens em até quatro vezes o ritmo da versão anterior, acelerando iterações e variações, que costumam ser a parte mais demorada em fluxos criativos.
A aceleração aparece como um ponto estratégico num momento em que ferramentas concorrentes como o Nano Banana Pro do Google também disputam o uso cotidiano, com foco em produção rápida para redes, peças publicitárias e material de apresentação.
Aliás, o Nano Banana Pro cresceu tanto que a demanda está fazendo as gerações demorarem vários minutos em alguns casos, o que seria um ponto inteligente de se atacar.
Texto dentro de imagens: avanço em legibilidade e densidade
A atualização também mira um dos gargalos mais visíveis de geradores de imagem: texto dentro da arte.
A OpenAI afirma que o modelo evoluiu na renderização de trechos menores e mais densos, o que abre espaço para peças informativas, layouts tipo “anúncio”, rótulos, instruções e composições com mais elementos tipográficos.


Além de pedir imagens no chat, o ChatGPT passa a contar com uma seção específica para criação, reunindo filtros, estilos e prompts em alta.
A proposta é tornar a experimentação mais direta, com menos tentativa e erro no texto do prompt e mais exploração guiada dentro da interface.


Você pode inclusive selecionar desenhando nas imagens pra fazer edições ou ajustes, o que aumenta bastante a capacidade do que a ferramenta é capaz de criar com consistência.


API: GPT-Image-1.5 e queda de custo anunciada
Para quem usa a API, o modelo traz o GPT-Image-1.5 com o mesmo foco em preservação e edição.
A OpenAI afirma ainda que entradas e saídas de imagem ficam cerca de 20% mais baratas em comparação ao modelo anterior, o que reduz o custo de testes, variações e pipelines automatizados.


No comunicado oficial voltado a casos de uso, a empresa cita consistência de elementos de marca, como logotipos e visuais-chave, como um dos pontos que tende a favorecer equipes de marketing e comércio eletrônico em processos repetitivos de criação e adaptação.
O ChatGPT agora é uma ferramenta de criação visual mais prática para edições do dia a dia
Onde isso pode bater primeiro no uso diário de quem cria conteúdo
A evolução mais perceptível tende a aparecer em tarefas repetitivas: refazer uma peça mantendo rosto e iluminação, gerar variações de uma mesma cena para campanhas, adaptar criativos para formatos diferentes e testar estilos sem perder identidade visual.
Com tempo de geração menor e mais estabilidade entre iterações, a etapa de “versões” ganha fluidez e passa a exigir menos retrabalho.
O efeito colateral é editorial: se fica mais fácil produzir variações, cresce a pressão por consistência e critério. Em outras palavras, o gargalo troca de lugar, saindo da execução e indo para direção de arte, seleção e padronização do que representa a marca.
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Se a promessa de manter aparência, luz e composição entre edições se sustentar no uso real, o ChatGPT Images começa a ocupar um espaço mais próximo de ferramenta de produção do que de experimento.
E quando a criação visual fica rápida o suficiente para virar rotina, a pergunta mais valiosa muda: menos “dá para fazer?” e mais “qual versão merece existir?”. Sem falar que os editores de imagens tradicionais vão sofrer, pois a maioria dos usuários vai depender menos deles…
Fonte: OpenAI

