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OpenAI lança retrospectiva personalizada do ChatGPT, mas brasileiros não são incluídos

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Imagem: NurPhoto via Getty Images/Reprodução

A OpenAI lançou um novo recurso para usuários do ChatGPT que permite revisitar suas interações com a inteligência artificial ao longo do ano. Inspirada em formatos de retrospectiva já populares em outras plataformas, como o Spotify Wrapped, a funcionalidade batizada de ‘Your Year with ChatGPT’ entrega uma visão personalizada sobre os temas mais frequentes nas conversas com o chatbot.

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No entanto, apesar do apelo global da ferramenta, a novidade está restrita a alguns países de língua inglesa, como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. O Brasil, que figura entre os maiores mercados consumidores de IA generativa, foi deixado de fora, ao menos nesta primeira fase.

O que mostra a retrospectiva do ChatGPT?

Diferentemente de outras plataformas que apostam em estatísticas frias, a retrospectiva do ChatGPT adota uma abordagem mais criativa. 

O sistema analisa o histórico do usuário para identificar padrões de uso, assuntos recorrentes e tipos de interações. Com base nisso, a IA atribui rótulos personalizados, como “Programador Visionário” ou “Explorador Criativo”, de acordo com os principais temas abordados nas conversas.

Além disso, o recurso oferece uma espécie de “poema-resumo” gerado automaticamente, acompanhado de uma imagem ilustrativa criada com o Dall-E 3, outra ferramenta da OpenAI. 

O conteúdo é entregue em um formato leve, projetado para ser compartilhável, e busca refletir não apenas o que o usuário perguntou, mas como ele se relacionou com a ferramenta ao longo do ano.

Disponibilidade limitada e critérios de uso

Para acessar a retrospectiva, o usuário precisa atender a algumas exigências técnicas. É necessário que as configurações de memória e histórico de chat estejam ativadas, o que exclui automaticamente contas com sessões anônimas ou com histórico desabilitado. Também é preciso ter utilizado o ChatGPT com alguma frequência durante o ano para gerar dados suficientes que justifiquem a personalização.

Contas corporativas, como Team, Enterprise e Education, não têm acesso ao recurso, que está limitado a planos individuais nas versões Free, Plus, Pro e Go. 

Por que o Brasil foi deixado de fora?

Ainda não há uma justificativa oficial da OpenAI para a ausência do Brasil na liberação da retrospectiva. Em algumas versões do ChatGPT em português, o botão para ativar a funcionalidade chegou a aparecer brevemente, mas sem qualquer efeito prático. A situação gerou frustração entre usuários brasileiros, que demonstraram surpresa por estarem excluídos de uma ferramenta aparentemente global.

Especialistas apontam que a limitação pode estar relacionada à infraestrutura regional, à adaptação do conteúdo para diferentes idiomas ou até a questões de conformidade com legislações locais de dados e privacidade. Seja qual for o motivo, a decisão chama atenção, especialmente diante do crescente uso da IA no país.

De qualquer forma, é esperado que o recurso chegue a outros países em breve. Usuários na Índia, por exemplo, também já começaram a relatar acesso à funcionalidade.

Tendência que veio para ficar

A aposta da OpenAI em uma retrospectiva anual acompanha um movimento mais amplo das empresas de tecnologia, que têm buscado oferecer experiências mais personalizadas aos seus usuários. 

A ideia é transformar interações cotidianas em narrativas memoráveis, capazes de reforçar o vínculo emocional com os serviços digitais.

No caso do ChatGPT, a funcionalidade parece menos focada em métricas e mais voltada a valorizar a jornada do usuário com a IA. Ainda que limitada, a iniciativa indica uma possível evolução na forma como esses sistemas passarão a se apresentar, não apenas como ferramentas de resposta, mas como companheiros de processo ao longo do tempo.

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