Segundo o IBGE, Paraisópolis possui 19 mil domicílios e enfrenta escassez de empregos. De acordo com um levantamento de 2022 da Rede Nossa São Paulo, o distrito onde a favela está localizada está na 60ª posição no ranking de oferta de empregos formais, com apenas 2,06 vagas para cada 10 moradores em idade ativa.
Uma das razões pelas quais o banco optou por instalar um centro de atendimento aos clientes na comunidade foi para gerar empregos em uma área densamente povoada.
Entre os profissionais que trabalham no centro de atendimento, há mães que podem ficar próximas de seus filhos sem precisar se deslocar para trabalhar.
É o caso de Sâmela Jesus dos Santos, 24 anos, que afirma: “Antes de ser recrutada para o centro de atendimento, eu trabalhava como trancista, mas nem todos os dias tinha clientes, e com um filho eu tenho uma maior responsabilidade. Saber que estarei por perto se algo acontecer com meu filho me motiva mais, pois sei que quando chegar em casa ele estará acordado, o que é um alívio saber que poderei aproveitar esse momento”.
José Anastácio Neto, 24 anos, outro funcionário do G10 Atende, veio de Timbaúba, Pernambuco, e está em Paraisópolis há três anos. Ele teve outros empregos durante esse tempo, mas sempre fora dali. Agora, ele trabalha a apenas 500 metros de casa e pretende aproveitar o tempo que ganhou no deslocamento para voltar a estudar – antes da pandemia de covid-19, ele cursava administração.
Essa iniciativa é o resultado de uma parceria do PagBank com a empresa multinacional de atendimento ao cliente Konecta e com o G10 Favelas, um grupo de líderes de 10 comunidades do Brasil. O G10 Atende opera dentro de um pavilhão da fundação em Paraisópolis.
