O advogado e apresentador, Tiago Pavinatto, disse que foi intimado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em um processo movido pela Advocacia-Geral da União (AGU), que cobra indenização de R$ 300 mil por conta de falas do advogado contra o então ministro da Justiça, Flávio Dino.
Pavinatto informou sobre a intimação pelas redes sociais na noite desta terça-feira (3).
De acordo com o advogado, a AGU está “usando a criatividade” para lhe “arrancar R$ 300 mil por ousar falar a verdade sobre a imundície do Governo Federal”.
“Se essa AGU, essa imundície desse ‘Bessias’, essa imundície desse Governo Federal, essa imundície desse Flávio Dino acham que vão me intimidar, estão muito enganados. Ninguém vai me intimidar por eu estar fazendo a coisa certa. Ninguém vai calar um advogado, ninguém vai calar um jornalista porque ele está falando a verdade”, disse Pavinatto em vídeo publicado no Instagram.
“Se essa imundície acha que eu vou ficar quieto, é melhor meter uma bala na minha cabeça, é melhor me matar porque ficar quieto eu não vou, muito menos com essa ação imunda”, completou.
Em outra publicação, Pavinatto disse que o governo está tentando “depená-lo”, em referência ao valor da ação.
“Por isso eu trabalho feito doido: para esses ditadores me depenarem física, espiritual e financeiramente”, escreveu Pavinatto no Instagram.
O processo
Em junho do ano passado, a Gazeta do Povo noticiou que a AGU, por meio da Procuradoria Nacional da União da Defesa da Democracia, instaurou uma ação civil pública contra Pavinatto por conta de um comentário feito em rede nacional, em que ele teria associado o então ministro da Justiça, Flávio Dino, ao crime organizado, ao narcotráfico e a um golpe de Estado.
A manifestação de Pavinatto foi feita depois que o ministro visitou o Complexo da Maré, área dominada pela facção criminosa Comando Vermelho, sem escolta ou qualquer tipo de armamento de proteção.
A Procuradoria que decidiu abrir a ação contra o jornalista surgiu no governo Lula com o objetivo de defender autoridades em processos judiciais ou extrajudiciais que envolvam “desinformação sobre políticas públicas”.
O que dizem os envolvidos
A Gazeta do Povo entrou em contato com a Advocacia-Geral da União (AGU), nesta quarta-feira (4), para comentar sobre o caso e aguarda retorno.
O jornal também procurou Tiago Pavinatto para comentar o processo, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
O espaço segue aberto para quaisquer manifestações do advogado e da AGU sobre o caso.