Durante a Bienal, Vanessa vai expor as esculturas no estande da editora Viajante do Tempo e está ansiosa para interagir com o público e outros artistas. “Eu queria contar a história de origem de Verdelis de uma forma acessível. Ficção científica para crianças é um campo que precisa crescer muito. Esta nova geração vai crescer com Inteligência Artificial e quase não há narrativas que vão além do cenário de catástrofe ou da IA como robôs perigosos. Meu maior objetivo é apresentar uma visão de futuro cheio de esperança, em que tecnologia e natureza se complementam, a vida da Terra floresce através do sistema solar e a consciência humana não é mais desconectada dos outros seres vivos”, comenta Vanessa, que já almeja voos mais altos para seu trabalho. “Quero continuar esta história, enquanto série, e aproveitar para divulgar conceitos científicos de vanguarda para um público amplo de uma forma lúdica. Estou conversando com alguns cientistas sobre a possibilidade de colaboração”, completa.
Formada em História da Arte pela UERJ, Vanessa Rosa começou sua carreira no Rio de Janeiro, em 2010, pintando murais com grafite cheios de história e cultura. Com o passar do tempo, a pintura totalmente livre seguiu um outro caminho: uma mistura de várias mídias. Seu trabalho evoluiu para contos de história mundial e intercâmbio cultural, de azulejos portugueses, geometria sagrada islâmica, porcelana chinesa ao estudo de etnomatemática e padrões dentro de sociedades indígenas. Em 2020, durante a pandemia, Vanessa mergulhou na ficção científica e se mudou para a “Mars College”, um experimento artístico no deserto da Califórnia que parece outro planeta. Foi lá que nasceram os Pequenos Marcianos.
Em sua trajetória, Vanessa já fez pinturas murais, exposições e outros projetos por todo o mundo. Alguns dos mais importantes incluem: o universo de ficção científica ‘Pequenos Marcianos’, apresentado na Nvidia AI Art Gallery (2023-2024); a série de livros de história da arte ‘Os Mundos de Diana’ (2020); exposições em espaços culturais de grande prestígio como o Gray Area (São Francisco 2022) e o palácio de Bückeburg (2024); um mural em grande escala para a Pioneer Works (Nova York, 2017); e uma comissão para a ONU Mulheres (2014).