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Por que esse pesquisador defende que a IA na educação vai muito além do ChatGPT

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“A transformação digital é cultural”, afirmou o pesquisador Ig Ibert Bittencourt, da Universidade Federal de Alagoas e coordenador da Cátedra da Unesco de Inteligência Artificial, em palestra no ciclo de debates “Educação em Transformação”, promovido pelo Estadão, no Museu do Ipiranga, em São Paulo, nesta segunda-feira, 29.

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Existe uma série de possibilidades para o uso de Inteligência Artificial na educação para além de ferramentas como o ChatGPT, defendeu Ig durante a sua apresentação. “Apenas em um pequeno conjunto de desafios educacionais é que faz sentido trabalhar com IA. Mas, o que temos visto no Brasil e no mundo é um cenário em que colocamos a IA generativa para resolver todos os problemas”, ressaltou Ig.

Na palestra, Ig apontou para a necessidade de se “fazer o percurso inverso” ao que acontece atualmente. Dessa forma, ele explicou que é preciso primeiro olhar para os desafios e depois refletir sobre o uso e implementação da IA como política pública.

Diante da quantidade de evidências científicas sobre os impactos da tecnologia na aprendizagem, o pesquisador apontou que, para além do desenvolvimento das políticas públicas, é preciso levar em conta a efetividade. “Somos muito bons em desenhar, mas são os detalhes da implementação que fazem a diferença”, disse.

Segundo o pesquisador, somente oferecer dispositivos, como computadores, e conectividade não gera impacto na aprendizagem dos estudantes, visto que é necessário ter a chamada intencionalidade pedagógica. Estudo apresentado por Ig durante a palestra apontou que 70% das tentativas de transformação digital fracassam em todo o mundo.

O motivo, de acordo com o pesquisador, é que: “A transformação digital não é sobre tecnologia, mas sobre pessoas. Não é meramente implantar uma tecnologia e fazer uma mágica acontecer”.

No contexto da proliferação da Inteligência Artificial e da baixa preparação para lidar com essas ferramentas, Ig explicou que, em vez de importar tecnologias, é necessária uma abordagem ecossistêmica para lidar com a realidade do Brasil.

Case de IA na prática

O supervisor técnico de Educação a Distância do Sesi-SP, Luis Fernando Quintino, apresentou a PEP (Plataforma de Estudo Personalizado), ferramenta construída para a instituição a partir de tecnologia da Microsoft. “A inteligência artificial aparece como um pequeno pedaço da plataforma”, explicou Luis Fernando. “Ela vem com um algoritmo para apoiar o nosso modelo, mas não pode ser o principal.”

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