Tirar uma moto do pátio pode custar entre R$ 500 e R$ 2.000 ou mais, dependendo de diversos fatores como o tempo de permanência no depósito, a cidade em que a moto está apreendida, a existência de débitos como IPVA, licenciamento e multas, além da necessidade de regularizar documentos ou a habilitação do condutor. O valor não é fixo, pois envolve uma série de taxas acumulativas. A seguir, explicamos todos os detalhes passo a passo.
O que leva a moto a ser conduzida para o pátio
Diversos motivos previstos no Código de Trânsito Brasileiro podem levar uma moto a ser recolhida ao pátio. Entre as razões mais comuns estão:
Caso não haja alguém habilitado para retirar a moto no momento da abordagem, o veículo será guinchado até o depósito autorizado.
Quem define os valores cobrados para liberação da moto
Os valores das taxas para retirada da moto do pátio não são definidos nacionalmente. Cada estado brasileiro, por meio de seu respectivo Detran, ou município, por meio de regulamentações locais, estabelece os preços cobrados pela diária, remoção e vistoria.
Em algumas regiões, os pátios são administrados por empresas terceirizadas, o que também influencia nos valores praticados. Por isso, os custos variam significativamente de estado para estado e até de cidade para cidade.
Quais são os custos envolvidos para retirar a moto
Para retirar a moto do pátio, o proprietário deve arcar com diversos custos, que variam conforme a situação do veículo. Os principais são:
Taxa de remoção (guincho): cobrada pelo deslocamento da moto até o pátio. Geralmente varia de R$ 150 a R$ 300.
Diária de pátio: valor cobrado por dia que a moto permanece no depósito. Pode variar de R$ 25 a R$ 70.
Multas de trânsito: todas as infrações devem estar quitadas.
IPVA atrasado: o imposto deve ser pago integralmente para que a moto possa ser liberada.
Licenciamento anual: o CRLV atualizado é obrigatório.
Taxa de vistoria: exigida para liberação da moto, com custo de R$ 80 a R$ 150.
Taxa administrativa ou de regularização: aplicável em alguns estados para processar a liberação.
Esses custos são acumulativos. Por exemplo, se a moto permanecer 20 dias no pátio com guincho de R$ 250 e diária de R$ 40, somente com esses dois itens já se gastaria R$ 1.050.
Como consultar o valor exato que deve ser pago
O valor total pode ser consultado por meio do site do Detran do estado em que a moto está registrada. Para isso, será necessário informar:
Número da placa
Número do Renavam
Com essas informações, é possível verificar:
Valor das multas pendentes
Valor do IPVA
Licenciamento anual
Taxas de remoção e diária
Débitos adicionais, se houver
Alguns Detrans oferecem a geração de boletos online. Em outros casos, é necessário comparecer pessoalmente para obter as guias de pagamento.
Quais documentos são exigidos para retirada da moto
Após quitar todos os débitos, o proprietário da moto precisa apresentar os seguintes documentos para a retirada:
Documento oficial com foto (RG ou CNH)
CNH válida (ou de quem for retirar)
Comprovante de residência
Comprovante de pagamento das taxas
CRLV atualizado
Procuração, se for terceiro a retirar a moto
Se o veículo estiver em nome de outra pessoa, é necessário apresentar uma procuração com firma reconhecida. No caso de pessoa jurídica, deve-se apresentar o contrato social e documentos do representante legal.
Como funciona o agendamento para liberação
Em muitos estados, o processo de retirada da moto exige agendamento prévio. Isso é feito:
O agendamento permite organizar o atendimento e evita filas. A ausência no horário marcado pode obrigar o proprietário a reagendar, o que aumenta o tempo e o custo com diárias.
O que acontece se a moto não for retirada
O artigo 328 do Código de Trânsito Brasileiro prevê que, após 60 dias de permanência no pátio sem manifestação do proprietário, a moto poderá ser leiloada. O procedimento inclui:
O valor arrecadado será usado para cobrir as despesas do veículo. Se sobrar dinheiro, o excedente ficará à disposição do antigo proprietário. Se faltar, ele ainda poderá ser cobrado judicialmente pela diferença.
Posso parcelar os débitos para tirar a moto do pátio
Em vários estados brasileiros é possível parcelar os débitos do veículo, incluindo:
IPVA
Multas
Licenciamento
O parcelamento é feito por meio de empresas credenciadas e normalmente é possível utilizar o cartão de crédito. Contudo, as taxas de guincho e diárias do pátio geralmente devem ser pagas à vista no local da liberação.
Antes de optar pelo parcelamento, é recomendável verificar se a empresa é credenciada ao Detran, para evitar fraudes.
Existe diferença se a moto estiver em nome de outra pessoa
Sim, a diferença está na exigência de documentação adicional. O responsável pela retirada deverá apresentar:
Contrato de compra e venda
Procuração com firma reconhecida
CRV assinado (antigo DUT)
Em alguns casos, será necessário concluir o processo de transferência de propriedade antes da liberação da moto. Isso envolve pagamento de taxa de transferência, vistoria, possível multa por atraso e apresentação dos documentos obrigatórios.
A moto precisa passar por vistoria antes da liberação
Sim, na maioria dos casos é necessário que a moto passe por uma vistoria veicular para que seja liberada. A vistoria verifica:
Integridade do chassi e do motor
Equipamentos obrigatórios (freios, luzes, buzina etc.)
Situação da placa e dos pneus
Presença de adulterações
Se a moto for reprovada na vistoria, ela não será liberada até que as irregularidades sejam corrigidas. Após a regularização, será necessário realizar nova vistoria.
E se a moto tiver sido roubada e recuperada
Quando a moto é recuperada após roubo e levada ao pátio, o procedimento de retirada pode ser diferente. Em geral, o proprietário deve apresentar:
Boletim de ocorrência do roubo
Documento de recuperação pela polícia
Documentos pessoais e do veículo
CRLV atualizado
Alguns Detrans isentam a taxa de remoção e oferecem desconto nas diárias, mas isso varia conforme a legislação de cada estado. Se a moto sofreu avarias ou adulterações durante o roubo, será exigida vistoria mais detalhada ou laudo do Instituto de Criminalística.
Quanto tempo demora para retirar a moto
O tempo para conseguir retirar a moto do pátio depende de alguns fatores:
Agilidade no pagamento dos débitos
Disponibilidade de agendamento
Resultado da vistoria
Existência de pendências administrativas
Se tudo estiver regularizado, a retirada pode ocorrer no mesmo dia. Mas atrasos na quitação, falta de documentos ou problemas mecânicos podem levar dias ou semanas.
Como evitar que a moto seja removida para o pátio
Evitar a remoção da moto exige cuidados constantes com a documentação e a condução do veículo. Algumas medidas básicas incluem:
Pagar o IPVA e licenciamento em dia
Manter o CRLV atualizado
Evitar conduzir sem CNH ou com CNH vencida
Não circular com escapamento alterado ou barulhento
Estacionar apenas em locais permitidos
Conferir regularmente o status de multas e débitos no site do Detran
A manutenção preventiva da moto também é essencial, especialmente quanto aos itens obrigatórios de segurança.
Perguntas e respostas
Qual é o valor médio para tirar a moto do pátio?
O valor varia, mas gira entre R$ 500 e R$ 2.000, somando guincho, diárias, multas, IPVA e licenciamento.
É possível parcelar o valor total?
Sim, mas apenas os débitos podem ser parcelados. As taxas do pátio geralmente devem ser pagas à vista.
Se eu não pagar, posso perder a moto?
Sim. Após 60 dias, o veículo pode ser leiloado. Você perde a propriedade e os valores arrecadados vão para quitação da dívida.
A moto passa por vistoria antes da liberação?
Sim. A vistoria é obrigatória e avalia itens de segurança, identificação do veículo e eventuais alterações.
É necessário estar com a CNH válida?
Sim. Se o proprietário não estiver habilitado, será preciso indicar outra pessoa habilitada para retirar o veículo.
O que acontece se a moto estiver em nome de outra pessoa?
Será necessário apresentar documentos de transferência ou procuração com firma reconhecida.
Preciso agendar para retirar a moto?
Na maioria dos estados, sim. O agendamento é feito pelo site do Detran ou por telefone.
Se a moto foi roubada e recuperada, preciso pagar alguma coisa?
Depende do estado. Pode haver isenção de algumas taxas, mas outras podem ser cobradas normalmente.
Conclusão
O custo para retirar a moto do pátio pode se tornar bastante elevado, especialmente quando há permanência prolongada ou múltiplos débitos pendentes. O processo envolve o pagamento de diversas taxas, como remoção, diárias, vistoria, além da quitação de IPVA, licenciamento e multas.
Para evitar prejuízos maiores, o ideal é agir com rapidez, verificar a situação completa do veículo junto ao Detran, providenciar os documentos exigidos e, se necessário, recorrer ao parcelamento autorizado. A demora pode levar ao leilão da moto, fazendo com que o proprietário perca definitivamente o bem.
Manter a moto em dia e conduzi-la com responsabilidade é a melhor forma de evitar que ela vá parar no pátio. E, caso isso aconteça, conhecer seus direitos e deveres é fundamental para recuperar o veículo com segurança e eficiência.

