O Rio Grande do Sul registrou 73.861 novas vagas com carteira assinada em 2025, resultado de 764.831 contratações e 690.970 desligamentos entre janeiro e maio. Os números indicam um crescimento de aproximadamente 56% em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo foi de 47.354.
Os dados são do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta segunda-feira (30) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
O Estado também foi a quarta unidade federativa com maior saldo positivo no ano, atrás apenas de São Paulo (309,8 mil), Minas Gerais (124,3 mil) e Paraná (84,9 mil). Além disso, a região Sul ocupou o segundo lugar no ranking de geração de empregos no país, com 232.512 novos postos. A região Sudeste liderou com 503.777 vagas formais.
De acordo com o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella, o saldo positivo na geração de empregos formais no ano é uma resposta concreta da capacidade de superação do povo gaúcho e das políticas públicas:
— As ações de qualificação que estamos desenvolvendo com os microempreendedores, jovens, artesãos e trabalhadores têm um papel fundamental nesse processo. Além de ajudarem a conter os impactos da crise, também criam caminhos para a reconstrução. O governo do Estado e a Secretaria de Trabalho estão comprometidos em garantir que a retomada chegue a todos os cantos do Rio Grande do Sul.
Redução em maio
Entre todos os Estados, o saldo negativo do mês foi verificado apenas no Rio Grande do Sul: houve redução de 115 vagas formais, a partir de 132.690 contratações e 132.805 desligamentos no mês. O motivo é a contratação sazonal de trabalhadores temporários que atuam em colheitas.
Os cinco municípios com maior número de vagas formais criadas em maio foram:
- Porto Alegre (1.397)
- Canoas (562)
- São Leopoldo (329)
- Erechim (238)
- Triunfo (224)
No RS, o setor de serviços lidera o ranking de empregos formais criados por grupamento de atividades em maio, com 2.307 novos postos. A indústria ocupou a segunda posição, com a geração de 415 vagas. Em seguida está a construção, com 355 vagas.
Os setores do comércio (-90) e da agropecuária ficaram com saldo negativo no mês. A agropecuária registrou a redução de 3.102 postos formais, devido ao modelo de contratação por tempo determinado na época de safra.
— A redução de postos formais na agropecuária em maio já era esperada e está relacionada ao modelo de contratação temporária típico das safras. Um movimento sazonal do setor, que costuma registrar desligamentos após o encerramento da colheita. Um exemplo são os municípios de Vacaria e Caxias do Sul, onde há grande demanda por trabalhadores durante a safra da maçã, mas que naturalmente diminui com o fim do período produtivo — salienta Sossella.

