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Sam Altman revela qual será o primeiro emprego substituído pela IA — e Bill Gates explica por que alguns setores continuarão precisando de humanos

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A inteligência artificial deixou de ser promessa e se tornou rotina. Ferramentas que automatizam tarefas, escrevem código e até produzem imagens indistinguíveis da realidade já fazem parte do dia a dia de empresas. Nesse cenário, Sam Altman, criador do ChatGPT e uma das vozes mais influentes do setor, afirma que os primeiros empregos a desaparecer serão os ligados ao suporte ao cliente. Para ele, a IA já supera os humanos na resolução de problemas repetitivos e previsíveis — o que pode desencadear um deslocamento massivo no mercado nas próximas décadas.

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Sam Altman: onde a IA substituirá primeiro

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© Andrew Harnik – Getty Images

Em entrevista ao apresentador Tucker Carlson, Altman afirmou que os sistemas de IA já conseguem lidar com grande parte das solicitações de help desk e call centers, interpretando dúvidas, sugerindo soluções e realizando atendimento 24 horas por dia. A automação, nesse caso, não apenas reduz custos operacionais como também atende com maior velocidade.

Para Altman, profissões com forte interação humana terão mais resistência ao avanço tecnológico. Ele discorda de previsões como as de Elon Musk, que acredita que médicos e advogados serão superados pela IA em breve. Tratar pacientes, explicar diagnósticos e tomar decisões éticas, afirma Altman, exige empatia e julgamento — qualidades que os algoritmos ainda não reproduzem com naturalidade.

IA como ferramenta de progresso — não apenas de substituição

Apesar do alerta sobre a perda de empregos, Altman destaca o lado positivo. A IA, segundo ele, representará um salto de produtividade global, permitindo que bilhões de pessoas produzam mais, criem mais e acelerem descobertas científicas. Programadores, por exemplo, já conseguem desenvolver grandes volumes de código com apoio de modelos generativos, ganhando velocidade sem necessariamente perder controle criativo.

Ele também lembra que a humanidade tem grande capacidade de adaptação. A resposta social durante a pandemia de COVID-19, afirmou, mostrou que mudanças radicais podem ser absorvidas rapidamente quando necessárias.

O lado perigoso do avanço tecnológico

Nem todo ganho vem sem risco. Altman alerta para ameaças que vão além do desemprego — principalmente as incógnitas desconhecidas. Entre elas, o uso da IA para criação de armas biológicas ou pandemias artificiais, uma possibilidade que assusta cientistas e governos.

Outro desafio é a desinformação. À medida que a IA produz imagens, áudios e textos praticamente indistinguíveis do real, distinguir verdade e simulação torna-se mais difícil. Para mitigar esse risco, Altman defende sistemas de verificação, como assinaturas criptográficas e palavras-chave de autenticação.

Bill Gates: onde os humanos continuarão indispensáveis

Diferencial De Gates
© Getty Images / Jeff J. Mitchell – Gizmodo

Bill Gates, também referência no setor tecnológico, apresenta um contraponto importante. Para ele, três áreas continuarão exigindo presença humana: programação, biologia e energia.

Na programação, afirma Gates, a IA pode escrever código — mas ainda depende de supervisão qualificada para evitar falhas, interpretar contexto e garantir segurança. Desenvolver software é mais do que gerar linhas de código: envolve tomada de decisão, responsabilidade ética e adaptação a necessidades específicas.

Na biologia, o cenário é ainda mais delicado. Avanços como edição genética, medicina personalizada e biotecnologia exigem raciocínio clínico, criatividade e intuição científica. Fenômenos como novas pandemias ou vírus desconhecidos não podem ser resolvidos apenas com dados — é preciso experiência humana.

Energia: o setor que define o futuro do planeta

Gates também destaca a importância do setor energético. Em meio à crise climática, tecnologias como hidrogênio verde, captura de carbono e redes elétricas inteligentes dependem de engenheiros capazes de interpretar dados, prever falhas e redesenhar infraestruturas. A inovação energética exige visão estratégica — algo que a IA auxilia, mas não substitui.

A previsão de Altman é clara: a primeira onda da automação atingirá o atendimento ao cliente. Mas, como lembra Bill Gates, o futuro não é apenas sobre substituição — é sobre colaboração. A IA deve assumir tarefas mecânicas, enquanto humanos permanecem no comando dos setores onde criatividade, ética e intuição continuam vitais.

O trabalho não está morrendo. Está mudando. E rápido.

 

[ Fonte: Infobae ]

 

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