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SESI – Educação – Como não ser manipulado pelos algoritmos na busca por informações?

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 Por: Cintia Ferraz, Sesi-SP

22/09/202510:16- atualizado às 10:25 em 22/09/2025

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Cintia Ferraz, Sesi-SP Fotos: Karim kahn/Sesi-sp, everton amaro/Fiesp e ayrton vignola/Fiesp

Com o tema “Ciência nas redes: estratégias e desafios para divulgação do conhecimento científico em tempos de algoritmos”, o encerramento da terceira edição do Congresso Internacional de Educação Sesi-SP, na última terça-feira (16/9), contou com as participações da historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz e do biólogo Atila Iamarino. O painel foi mediado por Luiz Tiago de Paula, professor da Faculdade Sesi de Educação.

 

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Por meio de imagens e conteúdos históricos, Lilia Schwarcz mostrou como as informações em alguns momentos da História foram modificadas para apresentar situações e impressões diferentes da realidade. Ela comparou os atuais algoritmos a determinadas intervenções humanas do passado, cujo objetivo era apresentar um resultado que não condizente com a realidade.

Um exemplo é a famosa pintura “Independência ou Morte”, de Pedro Américo. A obra foi criada para expressar um momento épico e não corresponde ao ocorrido de fato, já que a independência do Brasil não aconteceu nas circunstâncias retratadas na tela.

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Já Atila Iamarino, que também é divulgador científico, apresentou um panorama de pesquisas sobre como os jovens brasileiros têm consumido ciência e tecnologia. O Google continua sendo o meio de busca mais usado, seguido do Instagram, Tiktok e o X (antigo Twitter). A audiência do YouTube caiu, segundo ele, mas a maior queda foi registrada no Facebook, que perdeu 20% do seu público.

 

A Chegada, o Filtro e a Criação 

Átila discorreu sobre a forma como as pessoas têm acessado informações desde que a internet existe. Segundo ele, são três eras: a Chegada, o Filtro e a Criação. Período do final dos anos 1990 a 2015, a Chegada foi o momento em que os brasileiros começaram a acessar a rede, onde passaram a buscar informações nos portais de notícias, tinham acesso a vídeos e começaram a conversar pela internet.

 

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O Filtro é o período em que o brasileiro passa a seguir uma fonte de confiança e compartilhar com os demais as informações que acredita serem verdadeiras. O Instagram e os grupos no WhatsApp são exemplos deste modelo que vigorou até o início da década. Já na Criação, que surgiu durante a pandemia, as pessoas passaram a acessar a rede por muito mais tempo. Com isso, os algoritmos passam a apresentar os mesmos conteúdos em diferentes formatos. E, por conta desta competição, firma-se como verdadeiro o conteúdo que tiver maior engajamento, mesmo que não seja verídico.

 

Inteligência Artificial 

Átila também abordou a Inteligência Artificial, que é fonte crescente de busca por informações. A grande preocupação é que, ao utilizar apenas ChatGPT e outras ferramentas de associação de palavras como o Grok e Gemini, as respostas, além de diferentes a cada momento de busca, tendem a ser manipuladas. E esta manipulação pode acontecer em diversos assuntos, inclusive científicos, tecnológicos, vídeos, imagens, entre outros.

 

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Por fim, ambos reiteraram a importância de buscar por informações em mais de uma fonte, para que seja a mais criteriosa e verdadeira possível. Lilia falou dos benefícios de os docentes incentivarem que seus alunos leiam e pesquisem em livros e Átila reforçou que o professor é a fonte mais confiável para os jovens brasileiros.



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