TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO
Capacitação reuniu técnicos para fortalecer a gestão em saúde com ferramentas digitais, apresentando o Modelo de Inteligência Artificial da Vigilância em Saúde do Pará
Por Bianca Botelho (SESPA)
12/12/2025 19h23
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio do Núcleo de Informação em Vigilância em Saúde (Nivis), realizou nos dias 11 e 12 de dezembro (quinta e sexta-feira) a oficina “Sistemas, Tecnologias e Informação em Saúde”, voltada às áreas técnicas da Vigilância em Saúde do nível central e de municípios estratégicos. O encontro reuniu cerca de 30 profissionais no Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), campus Alcindo Cacela, em Belém.
A iniciativa teve como objetivo aprimorar o uso de sistemas de informação, ferramentas de análise de dados e soluções de Inteligência Artificial aplicadas à vigilância epidemiológica, contribuindo para uma gestão mais qualificada e baseada em evidências.
Segundo Bruno Pinheiro, coordenador do Nivis, a oficina buscou apresentar aos técnicos todas as tecnologias desenvolvidas pelo Núcleo, voltadas a ampliar a eficiência e agilidade no trabalho da Vigilância em Saúde.
Ferramentas – A programação começou com a apresentação dos sistemas e bancos de dados do Ministério da Saúde, integrados a ferramentas de business intelligence, que dão origem aos painéis de indicadores do Observatório em Saúde do Estado do Pará, já disponível on-line para consulta e utilização pelas equipes técnicas.
“Com o Observatório, é possível gerar boletins epidemiológicos, notas informativas e materiais de análise situacional sobre diferentes temas, como perfil de nascimentos, ocorrência de doenças e mortalidade no Estado”, explicou Bruno Pinheiro.
Abordagem – A capacitação foi dividida em duas etapas. A primeira abordou sistemas, conceitos e aplicações analíticas. No segundo dia, foi enfatizada a Inteligência Artificial, com destaque para o lançamento do Modelo de Inteligência Artificial da Vigilância em Saúde do Pará (IAVS). Inicialmente, foram apresentados modelos de IA disponíveis no mercado como ferramentas de produtividade. Em seguida, o IAVS, criado para auxiliar na orientação sobre sintomas, formas de tratamento, linhas de cuidado, ações de vigilância necessárias e na elaboração de notas técnicas e informativas.
A principal característica do IAVS é sua base exclusiva em documentos oficiais do Ministério da Saúde, da Sespa e da Organização Mundial da Saúde (OMS), garantindo confiabilidade e respaldo técnico à tomada de decisão.
De acordo com Bruno Pinheiro, “incorporar tecnologias ao processo da Vigilância em Saúde significa ampliar a eficiência do trabalho. A automação de indicadores e o uso da IA, como o IAVS, disponibilizam informações organizadas, atualizadas e alinhadas às diretrizes oficiais, facilitando e qualificando a tomada de decisão”.
Ele destacou ainda a visão de futuro da Sespa, informando que “queremos consolidar uma cultura de uso de tecnologia, fortalecendo o business intelligence e institucionalizando a inteligência artificial. Isso permitirá amadurecer processos, gerar resultados positivos para a saúde pública e democratizar essas ferramentas em todo o Estado”.
A oficina também contou com demonstrações práticas do uso do IAVS e atividades de aplicação pelos técnicos.
Agilidade – Para a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sespa, Adriana Veras, a capacitação representa um avanço significativo. “Para nós, que atuamos na área técnica, essas tecnologias agilizam muito o trabalho. Os sistemas oficiais exigem mais tempo para gerar relatórios, enquanto as novas ferramentas automatizam processos e permitem análises mais rápidas”, afirmou.
Adriana Veras disse ainda que “no Observatório, por exemplo, temos diferentes sistemas integrados em painéis automatizados, que permitem análises com apenas um clique. Também foi demonstrado como a Inteligência Artificial pode apoiar na criação de apresentações rápidas e outros materiais. Está sendo muito útil para nossa rotina”.
Texto: Suellen Santos – Ascom/Sespa

