Parceira do SindRio, a Cáritas RJ realizou no último dia 02 de outubro a V Feira Trampolim de Empregabilidade. A ação da PARES Cáritas RJ ( Programa de atendimento a refugiados e solicitantes de refúgio) levou 58 pessoas e nove empresas a se encontrarem na sede da instituição onde 254 entrevistas de trabalho foram realizadas.
A Cáritas atende refugiados, solicitantes de refúgio e pessoas com visto de reunião familiar de diversos países como Venezuela, Haiti, Afeganistão, Síria e Ucrânia com residência humanitária no Brasil oferecendo suporte com documentação e formação profissional, com apoio do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro e da Agência da ONU para refugiados, além da parceria com o SindRio. A ideia da feira é facilitar o acesso das pessoas atendidas por eles às vagas de emprego.
O SindRio participou da feira e incluiu os participantes do PARES em seu novo Banco de Oportunidades. Associados SindRio adimplentes têm acesso gratuito à plataforma podendo cadastrar suas vagas abertas, buscar profissionais entre os currículos cadastrados, receber currículos de pessoas interessadas na vaga e ainda aproveitar funcionalidades como um painel para acompanhar as etapas de seleção e contratação, ações em massa como envio de e-mail e testes e contato via WhatsApp com candidatos com um clique.
O acesso ao mercado de trabalho é um direito garantido pela legislação brasileira sobre refúgio. E sendo o setor de bares e restaurantes um dos que mais emprega nos últimos anos, a parceria entre SindRio e Cáritas passa a fazer ainda mais sentido. Une-se a isso a constante necessidade do setor em conseguir mão de obra qualificada e o círculo virtuoso fica completo.
Inspiração e inclusão
Karla Ellwein, coordenadora de Integração Local do PARES Cáritas RJ, comentou que a ação é fundamental para a integração de pessoas refugiadas: “É a possibilidade que elas terão de recomeçar, de adquirir sua autonomia financeira, sua renda. De conseguir, por exemplo, alugar sua própria casa, de atender suas necessidades básicas. Depois de deixarem suas vidas, suas famílias, suas casas no país de origem, que é um processo muito doloroso, muito difícil”, disse a coordenadora.
Karla completou, ainda, de que esta é uma oportunidade para que a sociedade e empresas consigam perceber os talentos e potencialidades das pessoas refugiadas, que têm diferentes qualidades, bagagem e experiências que trazem de seus locais de origem e que podem contribuir para as organizações, empresas e o Brasil.
É o caso, por exemplo, da venezuelana Greymar, no Brasil há apenas dois meses com seu filho de seis anos e atendida pela Cáritas que já providenciou sua documentação no Brasil. Greymar tem interesse em trabalhar como ajudante de cozinha após realizar o curso de Auxiliar de Cozinha no SindRio oferecido em parceria com a Cáritas. Na Venezuela, a jovem trabalhava e cursava a universidade para formar-se em Educação Primária. Sua formação ainda inclui cursos de padaria e confeitaria.
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