A deficiência de fiscalização do recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) pode ter gerado a tranquilidade das mineradoras em sonegar o recolhimento desses valores, que montam, já levantados, a cerca de R$ 4 bilhões. Na verdade, há por parte do Tribunal de Contas da União a desconfiança de que tais valores possam chegar a R$ 20 bilhões, no período de 2014 a 2021. O TCU quer se movimentar para salvar da prescrição mais dois anos, de 2020 a 2021, porque os demais já podem ser considerados perdidos. Para ter uma ideia do tamanho do rombo, apenas em 2023, as mineradoras arrecadaram aos cofres públicos quase R$ 7 bilhões da Cfem. Um absurdo o tamanho dessas perdas. Mais espantoso ainda que tal sonegação não tenha sido suficientemente apurada por falta de pessoal na Agência Nacional de Mineração.