Pular para o conteúdo

stablecoins são o tema principal do mercado cripto

Banner Aleatório

Já não é mais novidade ouvir a máxima: as stablecoins são o “killer app” do setor de criptomoedas, a aplicação que finalmente fez o ecossistema sair do nicho e entrar no dia-a-dia do mercado financeiro global. E a edição de 2025 da Blockchain Rio é uma prova de que os tokens lastreados nas moedas fiduciárias de fato tomaram um protagonismo que já foi do Bitcoin e das finanças descentralizadas (DeFi) — se não no ethos, mas pelo menos no lado mais business do setor Web3 (termo que vem morrendo, se é que já não descansa em paz). 

Banner Aleatório

Um indicativo é que o evento teve palestras importantes de executivos da Tether e Circle, as duas empresas responsáveis pelas stablecoins líderes do mercado (USDT e USDC, respectivamente). 

Mas mais do que isso, basta uma olhada na programação dos painéis de debates para entender que stablecoin foi o tema não oficial do evento:  

  • Stablecoins e Adoção em Massa – O Futuro dos Pagamentos Globais
  • Stablecoins as Global Settlement Infrastructure: the new SWIFT?
  • Pagamentos com Stablecoin – Vivendo e Construindo na Prática
  • Do Fiat às Stablecoins: Como o Câmbio On-Chain Está Transformando os Pagamentos Internacionais
  • Stablecoins, DREX e a Nova Arquitetura Monetária
  • Stablecoins e Finanças Tokenizadas: Os Novos Trilhos para os Fluxos de Capital Globais
  • Stablecoins: Uso, abuso e futuro
  • Redefinindo a Carteira: Transforme Poupanças em Stablecoins em Pagamentos Globais
  • … e muitos outros ao longo dos dois dias de evento.

Outro termômetro eram as conversas informais nos corredores. Não importa que stablecoin não é tão um tema tão sexy quanto empréstimos colateralizados ou Bitcoin a US$ 1 milhão: a resenha geral era como fazer negócios usando token lastreado. 

É sintomático que no evento se falou também em profundidade sobre aplicações para stablecoins de Real. Não tanto tempo atrás, em entrevista ao Portal do Bitcoin, Paolo Ardoino, CEO da Tether, disse que os dados mostravam que não existia interesse em outra stablecoin que não fosse de dólar

Agora parece não existir dúvida que toda moeda nacional terá sua versão tokenizada para que esse token seja utilizado em contratos inteligentes que façam tudo que o mercado financeiro faz, mas de modo mais rápido e barato.  Pelo menos esse foi o credo dito e repetido na Blockchain Rio 2025.

Câmbio e remessas, o primeiro alvo

A aposta mais clara e imediata para o stablecoin é mudar a forma como o dinheiro é transferido mundo afora. Silvio Pegado, diretor da Ripple para América Latina, é taxativo em dizer que o mercado de câmbio tradicional vai mudar completamente. 

“O Banco vai ter que ter o dólar normal e o dólar digital. Stablecoin tem muita eficiência. Se a pessoa quiser mandar dólar para fora, não tem nenhum motivo para comprar dólar normal. O stablecoin está começando a subir com força, e no futuro vão ser muito poucos os casos de uso de pessoas ou empresas que irão usar o dólar normal”, disse Pegado em entrevista ao Portal do Bitcoin.

Em um painel de debate, André Portilho, chefe do departamento de ativos digitais do BTG Pactual, ressaltou que o “caso de uso das stablecoins deve ser cross border”, com a classe sendo utilizada para movimentar grandes quantias entre países. “O atacado que irá trazer o big money”, disse o executivo.

Stablecoin do real vira realidade

“O Brasil representa pouco da economia global, mas representa algo. E essa representação não está refletida ainda nas stablecoins e é muito natural que haja uma representação.” Essa é a explicação de Thomaz Teixeira, CEO da BRL1, empresa que criou uma stablecoin lastreada à moeda brasileira, sobre os motivos para que esse tipo de ativo cresça. 

Teixeira afirma que os casos de uso para a stablecoin de real vão desde aplicações para mercado financeiro (“trader que está operando em real, arbitrador que tem preço em real, empresa que tem tesouraria exposição ao real”) até pagamentos ordinários de empresas que têm atuação no Brasil (“os expositores estrangeiros nessa feira têm que acessar o real para pagar fornecedores e podem preferir um dinheiro onchain”). 

O executivo também aponta que fomentar stablecoins de Real que tenham como lastro títulos da dívida pública do Brasil é uma maneira de gerar efeitos secundários muito positivos para a economia brasileira. 

“O brasileiro ao usar esse sistema onchain, está respaldado pelo título mais seguro, que é o título da dívida soberana e é em reais. E se tiver muito uso disso, esse uso estará financiando o Tesouro brasileiro”, afirma.

O CEO da BRL1 aponta que isso faz com que o Estado possa captar mais recursos e ao mesmo tempo promover junto à população uma prática de poupança e investimento. 

E, quando um estrangeiro vier ao Brasil e usar a stablecoin de Real, é o Tesouro captando poupança externa. Segundo Teixeira, a entrada de liquidez na economia pode gerar resultados muito profundos: “Pode até começar a cair os juros, porque você vai ter uma demanda maior do título brasileiro”. 

  • No MB, a sua indicação vale Bitcoin para você e seus amigos. Para cada amigo que abrir uma conta e investir, vocês ganham recompensas exclusivas. Saiba mais!



Source link

Join the conversation

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *