rogramas de Inteligência Artificial como o Chat GPT, Gemini e o DeepSeek vêm se tornando cada vez mais comum e com uma funcionalidade cada vez maior. Mas você sabia que, no último ano, a principal utilização de um programa de IA foi voltado para terapia e companhia?
É o que comprova a pesquisa realizada pela empresa Filtered, em parceria com a revista Harvard Business Review. No estudo, foram levantados os 100 principais usos de IA Generativa – programas de IA comuns que respondem aos pedidos dos usuários – nos últimos 12 meses.
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O resultado surpreendeu os especialistas pelo teor “emotivo” e de desenvolvimento pessoal observado no top três usos deste ano em comparação com o do ano passado, onde o topo do ranking estava tomado por usos técnicos.
Em 2025, por exemplo, a pesquisa revelou que os principais usos são para “terapia/companhia”, “organização da vida” e “encontrar um propósito”. Em contrapartida, no ano passado, o resultado foi “geração de ideias”, “terapia/companhia” e “pesquisa específica”.
A utilização mais voltada para o desenvolvimento pessoal também foi observada ao longo do ranking e o uso para “vida mais saudável” teve a posição mais alterada, de 75 para 10 em um ano. Já o uso “edição de texto” despencou de 4 para 45 no ranking.
A pesquisa chega a mostrar que, quando os usos são divididos em temas, o tema “suporte pessoal e profissional” foi de longe o principal uso, sendo que, em 2024, foi apenas o terceiro tema mais utilizado. Este resultado mostra como o comportamento dos usuários frente à Inteligência Artificial vem se transformando em uma relação mais integrada e envolvida em temas pessoais e emocionais.
Isso é observado pela migração, de um ano para o outro, da predominância de temas envolvendo aspectos profissionais e técnicos – como uso mais básico e primordial da IA -, para temas de desenvolvimento pessoal, onde não há um ser humano ajudando o outro a se desenvolver.
Apesar do ineditismo, a utilização de IA em relações pessoais não é algo não previsto. Mesmo assim, é importante lembrar que estes programas ainda não possuem regulamentação muito menos supervisão e que, em especial falando sobre o uso de terapia, nenhum tipo de tecnologia substitui o cuidado e a ajuda especializada de um profissional da saúde.