A Escola Judiciária Eleitoral de Minas Gerais (EJEMG) foi representada no XXIII Encontro do Colégio de Dirigentes das Escolas Judiciárias Eleitorais (Codeje) pelo seu diretor-executivo, desembargador Franklin Higino (à direita, na foto). E pelo presidente do TRE-MG, desembargador Ramom Tácio (à esquerda), que também exerce a função de superintendente da Escola.

A coordenadora da EJEMG, Ana Eliza Pandolfi (centro), também participou do evento, que aconteceu em Maceió, nos dias 26, 27 e 28 de março. O encontro contou, ainda, com reunião das assessorias de comunicação dos TREs.
As reuniões e oficinas no encontro do Codeje abordaram os desafios enfrentados pelas escolas judiciárias, a adoção de linguagem simples em ações de cidadania, o uso de inteligência artificial e o enfrentamento à desinformação. A educação midiática e informacional foi defendida como recurso para ampliar a conscientização de cidadãs e cidadãos sobre o processo eleitoral e combater a proliferação de notícias falsas e discurso de ódio.
As assessorias de comunicação apresentaram o Plano Nacional de Educação Midiática, que pretende unir as escolas judiciárias e as equipes de comunicação em diversas ações. Entre elas, a produção de uma série de videocasts (entrevistas em vídeo) e vídeos curtos para veiculação em redes sociais e na televisão. O material também poderá ser usado em ações de cidadania. E os tribunais farão parcerias com outros órgãos públicos e veículos de comunicação para disseminação dos conteúdos. A iniciativa ressalta o compromisso da Justiça Eleitoral com a formação crítica e a disseminação de informações corretas no cenário eleitoral atual.
Palestras
Duas palestras se destacaram na programação. Os especialistas Frederico Alvim e Vitor Monteiro falaram sobre o tema ‘Inteligência artificial para eleições mais livres, justas e eficientes’. Frederico falou sobre o contexto de ameaças trazidas pelas novas tecnologias, que atingem a estabilidade democrática. Ele citou que “Em 40% das eleições realizadas nos últimos dois anos, algum candidato questionou o processo e o resultado”.
Vítor refletiu que o que está em jogo nesse cenário são as escolhas livres e informadas, sem as quais há um problema sério de legitimidade da representação. Para ele, a inteligência artificial pode ser usada de forma positiva para combater a desinformação e remodelar o processo eleitoral, visando fortalecer a democracia.
Já a ministra substituta do TSE Vera Lúcia Araújo ressaltou a necessidade de a Justiça Eleitoral ampliar cada vez mais as parcerias e os esforços na educação cidadã e enfrentamento à desinformação. Na opinião dela, para as Eleições 2026 a Justiça Eleitoral precisa de “uma vigilância muito mais ativa”.
A ministra falou sobre a importância de todos terem a “consciência cidadã de não compartilharem fake news e não contribuírem para a proliferação de discursos de crime”. Também afirmou que “a sociedade perde quando a gente tem que gastar tempo e recursos com o desmantelamento de redes de mentira”.
Carta de Maceió
No encerramento do evento, foi aprovada a Carta de Maceió, que registra os principais pontos das discussões ocorridas ao longo dos três dias de encontro. Entre eles, a valorização e incentivo à atuação de servidoras e servidores como multiplicadores das ações de cidadania da Justiça Eleitoral e a atuação conjunta das Escolas Judiciárias para otimizar o uso de recursos financeiros, dividir tarefas e compartilhar conhecimentos.
Logo após a aprovação do documento e encerramento do encontro, os diretores e coordenadores das escolas judiciárias foram recebidos pelo governador de Alagoas, Paulo Dantas, em um almoço no Palácio dos Martírios.
20 anos da EJEMG
Durante uma das reuniões no encontro, o desembargador Franklin Higino (foto abaixo) teve a oportunidade convidar os representantes de todos os TREs para o congresso “Democracia e justiça: garantias e transformações”. O evento, que acontecerá em abril, vai comemorar os 20 anos de criação da Escola Judiciária Eleitoral de Minas Gerais. O magistrado falou sobre os temas que serão debatidos e destacou “a importância desse momento da nossa escola”.
