Os mais otimistas diziam que o bitcoin chegaria a US$ 200 mil em 2025. Não chegou nem perto. E olha que durante o ano a criptomoeda alcançou sua máxima história: US$ 126 mil. Além do pico abaixo do projetado, o bitcoin chega ao último mês do ano amargando uma queda de 8% ao longo de 2025.
Diante do cenário desfavorável, entusiastas do bitcoin reforçam o bordão de que trata-se, na verdade, de uma boa oportunidade. “É na baixa que se compra”, repetem os maiores influencers de finanças. Também não faltam tentativas de explicar as oscilações buscando movimentos políticos e econômicos diversos como justificativa, de posse de Trump a “bolha da IA”.
Menos ruidosas são as vozes que questionam a sustentabilidade do universo do bitcoin. Considerado o maior investidor do mundo, Warren Buffett nunca economizou críticas à criptomoeda, mas sempre introduziu suas ponderações com reflexões como “sei que vão me considerar velho e antiquado”. Não é à toa, questionar o bitcoin não é tarefa fácil. E não é por falta de argumentos, mas pela reação apaixonada — e às vezes raivosas — dos entusiastas.
Para Buffet, a principal questão é que o bitcoin não gera qualquer valor, ao contrário de fazendas ou empresas, por exemplo, e que seu preço é impulsionado pelo medo de investidores ficarem de fora. O megainvestidor também já manifestou a preocupação com quem o universo do bitcoin atrai. Para ele, são especuladores e jogadores que “apostam” confiando que em algum momento vão lucrar ao vender mais caro algo que compraram por preço menor.
Mas a comparação que mais incomoda os entusiastas do bitcoin, feita por Buffet, é com a chamada Bolha das Tulipas, exemplo clássico da irracionalidade coletiva nos mercados financeiros, onde a ganância e a esperança de lucros rápidos levam os preços de um ativo a se distanciarem completamente do seu valor real.
A crise ocorreu entre 1936 e o inverno de 1637, em terras onde hoje é a Holanda. Tulipas raras produzidas na região tornaram-se símbolos de status e riqueza. A obsessão pela flor levou a uma demanda crescente e pessoas de todas as classes sociais começaram a investir em bulbos de tulipa.
Devido à sazonalidade da planta, que demora para florescer, criou-se um mercado de contratos futuros – promessas de compra e venda dos bulbos que ainda não existiam. A especulação inflacionou os preços a níveis absurdos. No auge da bolha, um único bulbo de tulipa raro podia valer o equivalente a uma casa ou décadas de um salário médio.
No inverno de 1637, a confiança no mercado ruiu subitamente quando um comprador não conseguiu honrar seu contrato. O pânico se espalhou, todos tentaram vender ao mesmo tempo e os preços despencaram drasticamente, levando muitos investidores à ruína financeira.
No início de dezembro, o debate sobre bitcoins e tulipas voltou com tudo. A colunista Merryn Somerset Webb, da Bloomberg, retomou a comparação em um artigo. No texto, ela argumentou que o preço do bitcoin muda ao sabor de narrativas que estão sempre em transformação, mas é impossível prever qual delas, de fato, vai mover a cripto.
“Sem fluxo de caixa esperado e sem 3.000 anos de correlação com a inflação (estou olhando para você, ouro), não há como precificá-lo. Talvez acabe sendo ouro digital. Talvez tulipas digitais”, escreveu.
Não deu outra. O artigo de Merryn foi duramente criticado em centenas de outros textos. Entre os argumentos, não faltaram os que a classificaram como “velha e antiquada”, assim como Warren.
Para além disso, de quem rechaça a comparação se baseia, principalmente, no tempo em que o bitcoin está no mercado. De acordo com esse raciocínio, as tulipas subiram e ruíram em cerca de três anos – um ciclo curto com apenas um colapso. Já o bitcoin levou uns seis ou sete golpes pesados e mesmo assim voltou a atingir máximas históricas, além de sobreviver por 17 anos.
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Você já pensou em investir em tulipas e bitcoins? Esses dois ativos têm se tornado cada vez mais populares nos últimos anos, e podem ser uma opção interessante para diversificar sua carteira de investimentos. As tulipas, por exemplo, são flores que podem trazer um bom retorno financeiro se cultivadas da maneira correta. Já os bitcoins são uma forma de moeda digital que tem atraído a atenção de investidores de todo o mundo.
Ao investir em tulipas e bitcoins, é importante fazer uma análise cuidadosa do mercado e buscar informações de qualidade para tomar decisões acertadas. Embora haja riscos envolvidos em qualquer tipo de investimento, com planejamento e estratégia é possível obter bons resultados.
Portanto, considere a possibilidade de incluir tulipas e bitcoins em sua carteira de investimentos e veja como esses ativos podem ser úteis para diversificar suas fontes de recursos financeiros. Lembre-se de sempre buscar orientação de profissionais especializados e tirar suas próprias conclusões sobre o assunto.

