Na semana passada, tive o privilégio de ser convidada para palestrar em três eventos, todos focados em inteligência artificial e tecnologia. Foram experiências enriquecedoras, nas quais pude compartilhar ideias e discutir o impacto dessa tecnologia em diferentes setores, incluindo o mercado imobiliário, cooperativas e o universo das mulheres empreendedoras. Embora cada público tenha suas particularidades, a mensagem central foi clara: a IA está reconfigurando o mundo como o conhecemos.
Hoje, a IA é um dos principais motores da transformação digital. Está remodelando indústrias, redefinindo o trabalho e criando novas oportunidades e desafios sociais. À medida que a IA continua a evoluir, sua integração mais profunda na vida cotidiana, combinada com o crescimento exponencial do poder computacional e da disponibilidade de dados, garante que seu impacto será ainda mais significativo nas próximas décadas. No entanto, com esse poder vem a responsabilidade de garantir que a IA seja desenvolvida e utilizada de maneira ética, inclusiva e justa para beneficiar a sociedade como um todo.
Apesar de a tratarmos de forma genérica, existem diferentes níveis de IA, sendo os principais aquela que conhecemos há mais tempo em tradutores, assistentes pessoais como a Alexa, e softwares de reconhecimento de imagens – e que realiza tarefas específicas com base em informações organizadas – e a IA Geral.
A evolução da inteligência artificial vai desde seu surgimento nos anos 1950, passando pelos avanços nas áreas de medicina, engenharia e finanças nos anos 1980, até o recente impulso proporcionado pelo Big Data e pelo aumento do poder computacional. Hoje, a IA Generativa, como a tecnologia por trás do ChatGPT, está democratizando o acesso e o entendimento do que a IA pode realizar, tanto para tarefas cotidianas quanto para análises complexas no mercado.
Podemos lembrar de como o Google, na década de 1990, começou a organizar informações de maneira revolucionária, democratizando o conhecimento. Nos anos 2000, o surgimento das redes sociais, como Orkut e Facebook, transformou a maneira como nos comunicamos, enquanto o lançamento do iPhone, em 2007, iniciou uma revolução nos smartphones, que se tornaram verdadeiros hubs de conectividade. Na era moderna, os assistentes virtuais e o 5G estão ampliando essa conectividade, permitindo que a IA personalize e automatize experiências de maneira sem precedentes.
O impacto da IA no mercado de trabalho é um tema de destaque. Segundo o Fórum Econômico Mundial, 96% das empresas brasileiras estão buscando automatizar funções. Isso poderia resultar na substituição de 85 milhões de empregos, mas também na criação de 97 milhões de novos postos de trabalho, redefinindo a divisão entre humanos e máquinas. A chave para o futuro é a educação e a habilidade de usar a tecnologia de maneira eficaz.
Estamos vivendo uma nova revolução, a da conectividade 5G, que promete transformar ainda mais a maneira como interagimos com a tecnologia. Com uma infraestrutura robusta, teremos um número maior de dispositivos conectados, desde smartphones até máquinas agrícolas e drones. Essa interconexão, combinada com a inteligência artificial, permitirá um processamento mais rápido e preciso dos dados, moldando uma sociedade mais conectada e dinâmica.
Além do modismo que uma nova tecnologia gera, acredito que é essencial continuar explorando esses temas, promovendo debates e buscando soluções que garantam um futuro inclusivo e ético. A IA já está aqui e seu impacto é inevitável. Cabe a nós, como sociedade, garantir que esse impacto seja positivo e beneficie a todos.
No fim, uma atitude é fundamental: a curiosidade de experimentar e perguntar. O futuro será de quem fizer as melhores perguntas.