O líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), sinalizou a interlocutores que teria interesse em uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) caso não se viabilize para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Casa Legislativa em 2025.
Se não houver nenhuma aposentadoria precoce, a próxima vaga no TCU será aberta em fevereiro de 2026, quando Aroldo Cedraz completa 75 anos. O substituto de Cedraz virá de uma indicação da Câmara dos Deputados.
Os arranjos para o tribunal de contas começam a entrar no debate sobre a sucessão de Lira. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, admitiu à CNN que uma vaga no TCU lhe foi oferecida, mas ele recusou. Pereira era candidato à presidência da Câmara e desistiu para viabilizar um consenso em torno do líder do partido, Hugo Motta (PB), que agrada à esquerda e à direita.
Elmar se mantém na corrida. Ele era o nome preferido de Lira, mas vê suas chances diminuírem com a reviravolta provocada pela desistência de Pereira e pela ascensão de Motta.
Segundo relatos feitos à CNN, Elmar disse a pelo menos três pessoas que aceitaria ir para o TCU como uma espécie de “plano B”. Sua esposa, Luciana Nascimento, é conselheira do Tribunal de Contas da Bahia.
Procurado pela CNN, Elmar negou interesse pela vaga no TCU. “Zero”, respondeu.
Outro que se movimenta para a vaga no órgão de controle é o deputado Hugo Leal (PSD-RJ). Ele já teria pedido apoio ao próprio Lira para a empreitada.
Um fato lembrado pelos atuais ministros do TCU é que, desde a aposentadoria de Ana Arraes em 2022, não há mais uma única mulher na cúpula do tribunal.
Isso pode atrapalhar as costuras políticas feitas na Câmara, em paralelo às articulações para a sucessão de Lira, e levar a bancada feminina a construir uma candidatura para a vaga.
O que o eleitor pode e não pode levar para a urna no dia da votação?