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Chatbots da Meta vão lembrar suas conversas e mandar mensagens sem aviso

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Guynever Maropo

2 minutos de leitura

O avanço dos chatbots tem expandido as fronteiras da comunicação digital. Agora, a Meta se prepara para integrar robôs conversacionais em seus aplicativos de mensagens, como WhatsApp, Messenger e Instagram, de forma mais proativa. A proposta inclui bots que não apenas respondem, mas também iniciam conversas e seguem interações passadas, com o objetivo de ampliar o engajamento com os usuários.

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De acordo com o Business Insider, a Meta colabora com a empresa de rotulagem de dados Alignerr para treinar chatbots personalizáveis que podem lembrar de informações anteriores e enviar mensagens mesmo sem solicitação. Os testes estão sendo realizados dentro da plataforma AI Studio. Os bots podem ser mantidos privados ou compartilhados por stories, links e perfis nas redes da Meta.

A empresa confirmou ao TechCrunch, que está testando mensagens de acompanhamento com Inteligência Artificial. Segundo a Meta, os bots só poderão enviar mensagens dentro de um período de 14 dias após o usuário iniciar a conversa, desde que esse tenha enviado pelo menos cinco mensagens nesse intervalo. Caso não haja resposta à primeira tentativa de reengajamento, os bots deixarão de enviar novas mensagens.

A tecnologia se assemelha às soluções oferecidas por startups como Character.AI e Replika, que também desenvolvem companheiros virtuais capazes de iniciar diálogos. Karandeep Anand, ex-vice-presidente da própria Meta, assumiu recentemente como CEO da Character.AI.

Apesar do avanço técnico, os riscos de segurança preocupam. A Character.AI enfrenta atualmente um processo judicial após um de seus bots ter supostamente contribuído para a morte de um adolescente de 14 anos. Diante disso, a Meta reforça que seus bots não devem ser usados como substitutos de profissionais de saúde, finanças ou direito. A empresa alerta que as respostas geradas podem ser imprecisas ou inadequadas, e que o conteúdo não deve ser utilizado para decisões importantes.

Questionada sobre o controle de idade, a Meta não especificou limites claros para o uso dos bots. Leis estaduais nos EUA, como no Tennessee e em Porto Rico, já impõem restrições à interação de adolescentes com Inteligência Artificial, mas a empresa ainda não definiu diretrizes próprias visíveis ao público.

Embora a iniciativa esteja associada ao discurso de combate à solidão, promovido por Mark Zuckerberg, o projeto também está inserido na estratégia comercial da empresa. Em documentos judiciais divulgados em abril, a Meta estimou uma receita entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões em 2025 com seus produtos de IA generativa. A previsão é alcançar até US$ 1,4 trilhão em receita até 2035, com grande parte proveniente do compartilhamento de receita com empresas que utilizam seus modelos Llama. A empresa já planeja inserir anúncios nos assistentes de IA e oferecer assinaturas pagas.


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte… saiba mais


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