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Você pode ficar sem luz por conta do ChatGPT

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Durante uma conferência promovida pela AMD, o CEO da OpenAI, Sam Altman, fez uma afirmação que acendeu o sinal de alerta entre especialistas em tecnologia e energia: modelos de inteligência artificial como o ChatGPT poderão consumir uma parte significativa da eletricidade global nos próximos anos. A declaração chega em um momento de intensas discussões sobre o impacto ambiental das tecnologias emergentes e reacende o debate sobre sustentabilidade no setor.

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Em sua fala, Altman destacou que o “custo da inteligência eventualmente deverá se aproximar do custo da eletricidade”, sugerindo que a operação de grandes modelos de IA será diretamente proporcional à sua demanda energética. Embora tenha tentado minimizar o impacto imediato ao afirmar que uma única consulta ao ChatGPT consome cerca de 0,34 watt-hora, o equivalente ao consumo de um forno elétrico por pouco mais de um segundo, estudos independentes indicam que o quadro é mais preocupante.

Consumo real é muito maior do que parece

Pesquisadores da Universidade da Califórnia revelaram que, somando todas as requisições feitas ao ChatGPT diariamente, o sistema pode consumir quase 40 milhões de quilowatts por dia. Isso seria energia suficiente para manter o Empire State Building totalmente abastecido por um ano e meio. E esse número se refere apenas ao ChatGPT, sem considerar o consumo de outros sistemas de IA operados por empresas como Google, Meta e Amazon.

Além da energia elétrica, há outro recurso em jogo: água. Em uma publicação recente, Altman revelou que cada requisição ao ChatGPT consome em média 0,000085 galões de água, cerca de um décimo de uma gota, em processos de resfriamento de data centers. Contudo, um relatório do Washington Post apontou que, na prática, a geração de apenas um e-mail com 100 palavras usando GPT-4 poderia consumir o equivalente a uma garrafa inteira de água, dependendo da localização do data center.

Uma tecnologia que exige muito — e oferece muito

A ascensão de ferramentas como o ChatGPT trouxe inegáveis avanços para setores como educação, programação, saúde, comunicação e pesquisa científica. No entanto, o crescimento exponencial da IA tem um custo, e ele se reflete na infraestrutura energética que sustenta essas operações.

Empresas de IA, incluindo a própria OpenAI, estão sendo cada vez mais pressionadas por organizações ambientais e reguladores globais a adotar medidas mais sustentáveis e a buscar soluções energéticas renováveis. Ainda assim, Sam Altman reconheceu publicamente que a OpenAI chegou a ficar sem GPUs — os chips de alto desempenho essenciais para treinar os grandes modelos —, indicando uma sobrecarga estrutural na operação dos servidores.

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